NOTÍCIAS23/09/2025 CEE cobra respeito aos empregados, manutenção de direitos e transparência em rodada de negociação
“Os clientes ficam desassistidos, tendo que se deslocar por quilômetros para serem atendidos. Tem aposentado que não tem outro lugar para sacar benefício. É um total descuido com as pessoas. A Caixa não é só um banco para dar lucro, ela tem uma função social muito forte. E, mesmo assim, quando a gente olha os dados, vê que uma parte enorme dos clientes ainda quer e precisa do atendimento presencial. Mas estão cortando isso sem olhar para o impacto”, disse Tesifon Quevedo Neto, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS). “Todas essas mudanças nas agências, toda essa transição tecnológica impacta fortemente a vida das pessoas. Quando a Caixa deixa de cumprir seu papel social, ela não apenas perde sua razão de existir, mas corre o risco de se descaracterizar”, complementa Cardoso, vice-presidente da Fenae e representante da Fetrafi/MG. Rogério Campanate, representante da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), ressaltou a necessidade de as mudanças serem negociadas com a representação dos trabalhadores para sejam mais efetivas. “Se a empresa quer realmente ser ágil e eficiente, precisa mudar também a forma de enxergar e valorizar seus trabalhadores. Precisa ouvir a gente, incluir a gente nas decisões, respeitar as pessoas e garantir condições dignas de trabalho. Sem isso, nenhum sistema ou método novo vai dar certo”, enfatizou. De acordo com Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT e diretor da Fenae, a Caixa deixou claro que o fechamento de agências precisou ser revertido, o que evidencia a desorganização de medidas tomadas sem debate. Por isso, ressaltamos a importância de um diálogo transparente e antecipado com as entidades. “A Caixa apresentou diversos dados indicando que muitos processos estão sendo realizados fora das unidades físicas — usando cartões e habitação como exemplo — e registrando tudo como operações em canais alternativos. No entanto, nada se concretiza sem a entrevista presencial, assinaturas e autorizações feitas pelos empregados. Ou seja, a demanda continua concentrada nas unidades e isso precisa ser considerado. Mais do que evitar o fechamento, é necessário fortalecer a estrutura das agências para que possamos atender melhor e com mais eficiência”, declarou Rafael de Castro. Caixas e tesoureirosDe acordo com a representante da Caixa, a questão das funções de caixa e tesoureiro, que já é um problema antigo, está sendo reavaliada. A equipe responsável reconhece a dificuldade enfrentada pelos funcionários que estão nessas funções há anos e se compromete a encontrar uma solução rápida, prometendo apresentar propostas baseadas em dados e números concretos que beneficiem os empregados até o final de outubro. Tatiana Oliveira, do Sindicato dos Bancários do Pará, relembrou que na última reunião de negociação, realizada no Rio de Janeiro, a Caixa havia se comprometido ao afirmar que nenhum empregado com cargo de minuto ou por prazo perderia sua renda durante o processo de reestruturação da Caixa. “O banco precisa buscar soluções individualizadas para esses trabalhadores. A Caixa precisa manter o compromisso de garantir a remuneração desses empregados até que uma solução definitiva seja encontrada, pois o número de pessoas afetadas não deve ser tão alto e o problema pode ser resolvido com um diálogo”, enfatizou. Home officeSobre este tema, o representante do Sindicato dos Bancários de Brasília, Antônio Abdan, demonstrou alguns pontos de preocupação. Ele menciona que o modelo de trabalho híbrido está sendo implementado, mas que há uma falta de clareza nas normas, especialmente em relação à prioridade para empregados com deficiência (PCDs). “A legislação prevê essa prioridade, mas a norma interna da Caixa não é explícita o suficiente. Isso faz com que a decisão fique a critério dos gestores, resultando em conflitos e reclamações constantes. A cartilha de procedimentos, que deveria orientar os gestores, não deixa essa prioridade clara. Além disso, existe uma regra que proíbe o trabalho remoto para empregados que já foram penalizados com suspensão disciplinar pode ser uma dupla penalização”, informou. Sobre este ponto, a representante da Caixa não soube detalhar e ficou de buscar mais esclarecimentos para próximas discussões. PLRA Comissão questionou uma possível mudança na forma de cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da Caixa. Em resposta, a representante do banco garantiu que não houve alteração na metodologia. Ela afirmou que a regra foi aplicada exatamente como deveria. Para comprovar a transparência, ela se comprometeu a apresentar uma proposta detalhada na próxima negociação, na qual mostrará todos os cálculos e a metodologia usada para que a comissão entenda por que o valor não chegou ao teto de 45%. SuperCaixaA Comissão Executiva de Empregados expressou sérias preocupações com o programa SuperCaixa, alegando que ele não é transparente e pode prejudicar a remuneração dos funcionários, especialmente os de linha de frente nas agências. A principal crítica é que, embora a empresa afirme que a metodologia da PLR não mudou, as regras e limites do novo programa tornam praticamente impossível para a maioria dos funcionários alcançar a remuneração máxima, gerando desmotivação e frustração. A comissão sugere a suspensão temporária do programa para que as regras sejam revistas. Compromissos assumidos pelo banco
Fonte: FENAE E CONTRAF |
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