NOTÍCIAS16/07/2025 Empregados reivindicam reajuste zero para o Saúde Caixa
“A Caixa ressaltou que a reunião trataria exclusivamente sobre as questões relativas ao Saúde Caixa. Este é realmente o principal ponto de pauta de todo este ano e concordamos que é preciso haver mesas de negociação exclusiva sobre nosso plano de saúde”, disse o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco. “Mas ressaltamos a importância de haver mesas de negociação paralelas sobre diversos pontos que precisam ser solucionados com urgência, como boatos de reestruturação, a questão das agências digitais, problemas no acesso remoto (VPN), o programa SuperCaixa, questões envolvendo a vacinação contra a gripe, como a aceitação da vacina do SUS como requisito para o recebimento do Promoção por Mérito”, completou. “A representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste, Chay·Cândida, ressaltou a importância do Saúde Caixa para todos os empregados. "Sabemos o quanto está difícil, para muitos empregados, manter o plano. Por isso, queremos que seja considerada nossa reivindicação de reajuste zero, para evitar que o plano fique ainda mais pesado para os empregados”, disse. AvançoA Caixa concordou com um pleito histórico dos empregados que é o compartilhamento das redes de atendimento de planos de saúde de outras empresas estatais e está estudando a viabilidade para que isso aconteça o mais breve possível. “Esta é uma reivindicação que fazemos há bastante tempo e consideramos que é um avanço, pois pode contribuir para a melhoria da rede credenciada onde o atendimento do Saúde Caixa é precário”, avaliou o diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro. Derruba o tetoA necessidade do fim do teto de gastos da Caixa com a saúde de seu quadro de trabalho, fixado em 6,5% da folha de pagamentos aos empregados no Estatuto Social do banco, também foi ressaltada durante a reunião. “Esse teto impede que a Caixa arque com sua parte no plano e joga para os usuários a responsabilidade pelos custos que seguem aumentando. Esperávamos que a alteração estatutária feita esse ano trouxesse a retirada do teto que cobramos desde sua implementação”, observou a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Luiza Hansen. “A retirada desse teto é fundamental para garantir um Saúde Caixa sustentável e viável para os empregados”, completou, ao cobrar que a Caixa tenha o mesmo empenho pela retirada do teto que demonstrou nas alterações que foram feitas em relação à Funcef. O teto de gastos da Caixa com a saúde de seus empregados impede que o banco arque com os 70% dos custos do Saúde Caixa, como estabelecido no ACT específico do plano de saúde e permitido pela CGPAR 52. “É importante que a Caixa cumpra o modelo de custeio 70/30. Mas, a cada ano vemos a Caixa se afastando do percentual de 70% dos custos”, disse a representante da Fetrafi-RS, Sabrina Muniz. “Desde 2021, pelo menos, a Caixa não tem arcado com os 70% dos custos do plano. E, em 2024, o percentual da Caixa ficou mais de 15% abaixo do permitido. Queremos que a Caixa faça um aporte das diferenças que pagou a menor, para que o Saúde Caixa volte a ter o equilíbrio financeiro que tinha antes da imposição do teto”, completou. Admitidos pós-2018Outra reivindicação sobre o Saúde Caixa apresentada pela representação dos empregados ao banco foi com relação à extensão do direito depois da aposentadoria aos admitidos pós-2018. “A Caixa não queria sequer incluir esse pessoal no Saúde Caixa. Em 2020, conseguimos a inclusão deles no plano, mas o banco não contribui com sua parte no custeio do plano a partir do momento que eles se aposentam. Quem quer manter o Saúde Caixa tem que arcar com o custo integral das mensalidades”, disse o representante da Fetrafi-SC, Edson Heemann. “Importante o plano de saúde ser o mesmo para todos os empregados da Caixa. Impossibilitar aos admitidos pós-2018 carregar o plano para a aposentadoria sem que a Caixa arque com sua parte, é criar duas categorias de empregados”, disse o representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec) do Centro Norte, Antônio Abdan. “É uma questão de justiça estender o Saúde Caixa na aposentadoria aos colegas pós-2018, com os mesmos diretos dos que foram admitidos antes daquele ano. E, com a edição do Decreto Legislativo 26/2021, não há mais impedimentos legais para a Caixa negar esse benefício aos pouco mais de 10 mil colegas admitidos após de 31 de agosto de 2018”, afirmou Heemann. PerenidadeO membro do Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, representante da Federação das Bancárias e Bancários do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Serginho Amorim, que-participou da reunião como assessor técnico, fez um apanhado histórico do Saúde Caixa. "O plano, que completou 20 anos, é fruto de negociação coletiva e levou algum tempo para ser implementado. Sempre tivemos em mente a necessidade de acompanhamento pelos usuários para que estes vejam se o plano atende suas expectativas", disse o dirigente da Federa-RJ. Serginho disse que a representação dos empregados também está preocupada com os dados de custos e utilização. “Mas, não queremos que a discussão se limite à manutenção do plano. Queremos que haja manutenção das premissas de autogestão e perenidade para que possamos usá-lo, com tranquilidade, quando todos já estivermos aposentados", completou. O representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Feeb) da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, reforçou a importância da manutenção das premissas do plano. “Não abrimos mão das três premissas, que são a solidariedade, o mutualismo e o pacto intergeracional”, disse. “Não é justo que quem contribuiu a vida inteira possa vir a ter uma mensalidade mais cara quando chegar o momento de sua aposentadoria”, completou. Conselho de Usuários e decisões coletivasO representante da Federa-RJ, Rogério Campanate, destacou a importância das decisões coletivas e a falta de respeito da Caixa com a mesa de negociações. “Nossa categoria é uma das mais organizadas do país, pois acreditamos muito no poder da negociação coletiva e valorizamos muito essa mesa de negociações. Lamentamos que a Caixa, muitas vezes, implemente programas e tome medidas que afetam os empregados sem passar por essa mesa”, disse. Para Campanate, a valorização da mesa de negociações também deve ser refletida na qualidade dos debates realizados em mesa. “Algumas informações são autoexplicativas podem ser enviadas antecipadamente. Aí a gente ganha mais tempo para o debate qualificado, sem que estas informações tenham que ser apresentadas durante a reunião”, sugeriu. Para o dirigente da Federa-RJ não apenas a mesa de negociações, mas outros fóruns com participações dos empregados, como os comitês de credenciamento e descredenciamento devem ser mais valorizados e empoderados. “Por exemplo, reivindicamos que seja atribuído poder deliberativo ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa, que hoje é uma instância consultiva. E os comitês de credenciamento e descredenciamento devem ter mais poder de decisão sobre as questões do plano”, disse. Calendário de negociaçõesA Caixa acolheu as reivindicações e as levará para debate interno. Ficou acertado que a próxima reunião de negociações sobre Saúde Caixa ocorra na primeira quinzena de agosto, no Rio de Janeiro, com indicativo dos dias 14, ou 15 de agosto. O banco também aceitou realizar reuniões de negociações paralelas às mesas específicas sobre o Saúde Caixa para tratar dos demais assuntos pendentes. Também está agenda para o dia 22 de julho a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre banco e bancário do futuro, que tratará sobre diversos pontos ligados à carreira do pessoal da Caixa.
Fonte: CONTRAF |
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