22/05/2024
Trabalhadores do ramo financeiro aderem ao “22 de Maio por Mais Direitos”
As trabalhadoras e os trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil se uniram a milhares de pessoas de diversas categorias, na manhã desta quarta-feira (22), no “22 de Maio por Mais Direitos”, em Brasília, para defender a pauta da classe trabalhadora. Entre os principais pontos, estão a luta por emprego decente, a redução de impostos, a diminuição das taxas de juros, a melhoria da qualidade da educação e a proteção ao meio ambiente.
“É um momento importante de unidade das centrais sindicais, dos movimentos sociais de todo o Brasil, trabalhadores do povo do campo e da cidade, do setor público e do privado e nós, bancárias e bancários de todo o Brasil, estamos aqui presentes”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira durante abertura da Plenária da Classe Trabalhadora, que abriu o ato.
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Os trabalhadores atualizaram a pauta da classe trabalhadora para entregá-la ao Legislativo, Judiciário e em ministérios do Governo Federal, a fim de abrir diálogo com estes entes do Estado, além de criar uma agenda permanente de mobilização contra os ataques aos projetos dos trabalhadores que já estão em tramitação no Congresso Nacional. “Defendemos mais crédito, com taxas de juros menores para o povo brasileiro, para a reconstrução do Brasil. Também defendemos a regulamentação do sistema financeiro que seja justa, que não prejudique a população nem cause risco sistêmico ou aos trabalhadores, que não precarize as relações de trabalho. Esse é um momento muito importante, de entrega das pautas dos trabalhadores para representantes do Governo, do Congresso e do Judiciário, mas também para divulgar essa pauta e torná-la conhecida em todo o Brasil”, disse a presidenta da Contraf-CUT.
Juvandia também lembrou que 2024 é ano de Campanha Nacional dos Bancários e ano de eleições. “Neste ano a gente tem a renovação da convenção coletiva da categoria e eleições municipais. É importante que nós votemos em candidatos e candidatas que têm um compromisso com essa pauta, com a redução da jornada, com a melhoria da qualidade de vida, com a ampliação de direitos, de salários, então estamos juntos companheiros, nossa luta é nossa lei”, finalizou.
Depois da plenária, houve uma caminhada até a Esplanada dos Ministérios para a entrega da Pauta da Classe Trabalhadora aos líderes do Congresso. “A gente veio aqui mostrar nossa força, mostrar que apoiamos este governo, que é um governo progressista, mas que a gente também quer as nossas pautas discutidas, a gente quer que os nossos interesses de classe sejam reconhecidos e para isso tem que pressionar”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.
Para ela, a classe trabalhadora tem que se juntar para pressionar o governo Lula. “Ele tem boa vontade, mas a gente precisa pressionar para que as nossas pautas sejam prioridade, porque a luta faz a lei.”
Elias Jordão, secretário de Comunicação da Contraf-CUT, acredita que a Plenária da Classe Trabalhadora reflete perfeitamente o que foi dito pelo Presidente Lula no início do seu mandato. “É exatamente porque o Lula é o presidente que nós temos de fazer pressão. Com o atual Congresso Nacional, nenhum avanço será conquistado para a classe trabalhadora, sem luta”, disse. “Nós queremos que o governo Lula dê certo e reconhecemos os retrocessos que governos comprometidos com a lógica liberal e o grande capital financeiro representam. Por isso, estamos em Brasília para reafirmar que desejamos uma democracia plena em nosso país.”
Confira a pauta de reivindicações da classe trabalhadora:
- Pela reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e por medidas de proteção e amparo a seus trabalhadores e trabalhadoras;
- Educação: Revogação do Novo Ensino Médio;
- Valorização do Serviço Público: Contra a PEC 32/Reforma Administrativa;
- Em defesa da Convenção 151/defesa da negociação coletiva;
- Trabalho decente: redução da jornada de trabalho e empregos decentes;
- Salário igual para trabalho igual – Em defesa da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres;
- Reforma agrária e alimento no prato;
- Menos impostos para trabalhadores: juros baixos e correção da tabela de imposto de renda;
- Valorização do salário-mínimo e das aposentadorias;
- Transição justa e ecológica em defesa da vida;
- Em defesa do PLC 12/24, por Direitos dos Motoristas por Aplicativos.
Fonte: CONTRAF
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