Sindicatos da base da FETEC-CUT/SP fazem força-tarefa contra desmonte da Sabesp, Metrô e CPTM
A coleta de assinaturas para o Plebiscito Popular Contra as Privatizações do Metrô, CPTM e Sabesp vai até o dia 5 de outubro.
A iniciativa é parte de uma grande campanha encabeçada pelos sindicatos dos Metroviários, Sintaema, dos Ferroviários e o da Central do Brasil, e apoiada pela CUT, CONTRAF-CUT, FETEC-CUT/SP e sindicatos filiados, além de outras entidades dos movimentos sindical e social.
A secretária-geral da FETEC SP, Ana Lúcia Ramos Pinto, informa que a consulta tem ajudado a esclarecer a opinião pública sobre os danos das privatizações programadas pelo governador Tarcísio de Freitas.
‘’É de suma importância estarmos nessa força tarefa de sindicatos e movimentos sociais mostrando o quão danoso pode ser para toda a população do estado de São Paulo a privatização de bens públicos como a Sabesp, o Metrô e a CPTM. Por isso nossos sindicatos estão desde o início da campanha com tendas nas ruas, coletando assinaturas e elucidando a população sobre esse ataque do governo Tarcísio contra nossas estatais com aumento de tarifas e precarização dos serviços’’.
Como votar?
O plebiscito vai até o dia 5 de outubro, com votos coletados em diversos locais públicos de São Paulo.
Confira com seu sindicato onde estão localizadas as tendas para coleta de assinaturas.
Participe votando NÃO às privatizações da Sabesp, Metrô e CPTM.
Piora nos serviços após privatização
Os paulistanos já tiveram uma péssima experiência com a privatização das linhas 8 e 9 da CPTM, no governo Dória. Desde que a empresa ViaMobilidade assumiu a operação das linhas, a população convive com acidentes, descarrilamentos, velocidade reduzida, entre outros problemas.
De acordo com pesquisa Datafolha - contratada pela própria ViaMobilidade, por obrigação contratual - a satisfação média com o serviço das linhas 8 e 9 caiu de 85%, quando eram operadas pela CPTM, para pouco mais de 50% entre 2021 e 2022, já privatizadas.
O "exemplo" do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro também é um exemplo de como as privatizações podem ser prejudiciais para a população. Hoje, a capital fluminense conta com os serviços de trens e metrôs mais caros do Brasil.
No caso da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro), após a privatização a tarifa aumentou e o serviço piorou. Donos de bares e restaurantes chegaram a denunciar um aumento de até 800% nas contas de água logo após a empresa Águas do Rio assumir a companhia. Além disso, o percentual de tratamento de esgoto caiu 7% entre 2020 e 2021, e aumentou o número de reclamações por falta de água.
Fonte: FETEC CUT SP, Seeb SP e Contraf-CUT