NOTÍCIAS25/10/2022 Gerentes do BB denunciam pressão e assédio ‘nunca antes vistos’Funcionários que atuam como gerentes gerais (GG) no Banco do Brasil denunciam forte assédio e pressão para atingir metas como nunca enfrentado anteriormente. “As cobranças são realizadas de duas formas: reuniões de áudio várias vezes ao dia, principalmente no fim de expediente, cobrando o que já foi cobrado; além da exigência de entrega de uma planilha de produção ao término do expediente”, contou o funcionário do BB e diretor do Sindicato de Jundiaí, Álvaro Pires da Silva. Os gerentes pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Portanto, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada pelos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. “Alguns gerentes não repassam para os subordinados as exigências, mas muitos acabam repassando a cobrança, inclusive para escriturários”, destacou Álvaro. O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou. Álvaro pontuou ainda que, até mesmo gerentes que vinham respondendo às exigências cada vez maiores das lideranças, estão agora se manifestando contra o novo e surpreendente modelo de cobrança. “Poucos funcionários conseguem, tranquilamente, fazer a planilha. Mas, os que não conseguem ficam constrangidos e sofrem psicologicamente”, pontuou. Enfraquecimento do BBFernanda Lopes, secretária de Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e bancária do BB, enfatiza que está ocorrendo uma redução de agências e funcionários, junto à escalada de pressão por metas:
Fonte: CONTRAF |
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