Bancários de todo o Brasil realizam nesta quarta-feira (8), a partir das 18h, a abertura solene dos encontros nacionais específicos dos trabalhadores de bancos públicos nacionais (Caixa, BB, BNB, Basa e BNDES), para refletirem sobre seus cotidianos de trabalho e sobre questões que afetam toda a sociedade, como a carestia de preços de praticamente todos os produtos da cesta básica e a crise socioeconômica e política que se instalou no país após o golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República e se aprofundou após a eleição de 2018.
“É um momento importante da Campanha Nacional dos Bancários, no qual se faz o debate sobre as reivindicações para as mesas específicas e também sobre a importância e o papel dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico, assim como para a geração e distribuição de renda”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
Os encontros nacionais dos trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil, do Banco da Amazônia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já ocorreram. Os dos empregados da Caixa e funcionários do banco do Brasil seguem nesta quinta (9) e sexta-feira (10).
Contexto social
Para Juvandia, também é importante o debate sobre o contexto social que o país vive. “Num cenário de inflação alta, desemprego crescente, crise dos combustíveis e carestia generalizada, a categoria tem que fortalecer a unidade e se mobilizar ainda mais, para garantir seus direitos nas questões sociais, de remuneração, de saúde e de condições de trabalho na negociação com os bancos”, disse. “São coisas que afetam diretamente o cotidiano dos bancários, mas não conseguimos resolver em nossa mesa de negociações com os bancos. Por isso, precisamos debater o Brasil que a gente quer e como cada um, em seu dia a dia, pode atuar para eleger um presidente da República, governadores, senadores e deputados que tenham compromisso com a classe trabalhadora e que sejam capazes de tirar o país da situação crítica na qual se encontra”, completou.
Para ajudar a refletir sobre estas questões já nesta quarta-feira, na abertura dos encontros, foram convidados o engenheiro e economista Eduardo Moreira, que foi um dos sócios-fundadores do banco Pactual, o bancário e ex-governador do Piauí, Wellington Dias, e a especialista em Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo pela UFRJ, trabalhadora do sistema Eletrobrás e dirigente do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, Fabiola Latino Antezana.
Representantes de todas as correntes políticas que atuam no movimento sindical bancário, dirigentes de cada um dos bancos públicos e o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, também contribuirão com as reflexões.
Encontros de bancos privados
Os funcionários do Bradesco, Itaú e Santander também realizam seus encontros nacionais nesta quinta-feira (9). Além de debaterem questões gerais, que envolvem toda a categoria, também debaterão pautas específicas para contribuírem com a elaboração da minuta de reivindicações dos bancários, que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), após a definição da Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada de 10 a 12 de junho, e a aprovação pelas assembleias que serão realizadas pelos sindicatos de bancários de todo o país.
Cuidados com a covid-19
Todas as delegadas e todos os delegados que forem participar presencialmente deverão apresentar comprovação de vacinação contra a covid-19 (passaporte vacinal) no ato do credenciamento. Também deverão apresentar o comprovante de teste negativo, do tipo antígeno, contra a covid-19, realizado em até três dias antes do credenciamento.
Fonte: CONTRAF