NOTÍCIAS06/06/2022 Recuperar estatais, rever teto de gastos e reforma trabalhista são diretrizes para LulaSão Paulo – A coordenação da pré-campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) apresentou, nesta segunda-feira (6), planos de governo da chapa. As diretrizes integram um documento 17 páginas e 90 itens. Segundo informa o jornal O Globo, o programa é coordenado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo. E foi distribuído aos sete partidos reunidos no movimento “Vamos Juntos pelo Brasil”: PT, PCdoB, PV, PSB, Solidariedade, Rede e Psol. “Superação do Estado neoliberal” e “consolidação de um Estado de bem-estar social” são princípios que norteiam o texto. A revogação da “reforma” trabalhista e do teto de gastos – ambas introduzidas pelo governo Michel Temer – estão entre as propostas concretas. Às estatais brasileiras é reservado o papel de indutoras do desenvolvimento econômico do país. A retomada de uma política de valorização do salário mínimo também é prevista claramente. “O trabalho estará no centro de nosso projeto de desenvolvimento. Defendemos a revogação da reforma trabalhista feita no governo Temer e a construção de nova legislação trabalhista, a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça os sindicatos sem a volta do imposto sindical, construa um novo sistema de negociação coletiva e dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos”, diz o documento. Empresas e bancos públicos fortesA ideia é que a recomposição do papel do Estado e das empresas públicas deem “agilidade e dinamismo” ao desenvolvimento econômico e progresso social. “Vamos recolocar os pobres e os trabalhadores no orçamento. Para isso, é preciso revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal, que perdeu totalmente sua credibilidade”, diz ainda o texto. Preços dos combustíveisA política de preços dos combustíveis e tarifas de energia elétrica pressupõem diretrizes que considerem “os custos de produção no Brasil, os efeitos sobre os orçamentos dos consumidores e a expansão da capacidade produtiva setorial”, diz o documento. A reforma tributária contempla um sistema caminhando para conceitos progressivos e de justiça tributária, de taxar mais quem tem mais, cobrando impostos dos “muito ricos” e combatendo a sonegação. “Proporemos uma reforma tributária solidária, justa e sustentável, que simplifique tributos e distribua renda”, prevê a coordenação do programa. Com isso, se permitiria “o financiamento do Estado de bem-estar social, restaurando o equilíbrio federativo, contemplando a transição para uma economia ecologicamente sustentável e aperfeiçoando a tributação sobre o comércio internacional”. Fonte: REDE BRASIL ATUAL |
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