NOTÍCIAS09/05/2022 Mulheres têm menos acesso a oportunidades na ciência, afirma a UnescoSão Paulo – As mulheres na América Latina e Caribe também sofrem com a desigualdade de gênero na área de ciência e pesquisa. É a conclusão do mais novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre o tema. O documento foi elaborado em parceria com a entidade de Educação e Cultura do governo britânico British Council. O texto é intitulado Uma equação desequilibrada: participação crescente de Mulheres em Stem na ALC (América Latina e Caribe). Entre os problemas apontados está a baixa participação das mulheres em cargos de liderança nas áreas de “ciência, tecnologia, engenharia e matemática” (‘Stem’, na sigla em inglês para “Science, Technology, Engeneering, Mathematics”). “O sexismo na sociedade e, particularmente, no ensino superior, dificulta a progressão de mulheres estudantes em disciplinas Stem e afeta o acesso a cargos de chefia e liderança”, sentencia o British Council. Apesar do crescimento da participação feminina, elas seguem como minoria absoluta. “Estima-se que apenas uma mulher para cada quatro homens consiga um emprego na área de Stem. As disparidades de gênero na ciência contribuem significativamente com a desigualdade econômica na sociedade”. A entidade prossegue: “Ainda existem lacunas em diferentes níveis de educação e progressão de carreira em quase todos os países do mundo. Essas falhas podem ser observadas em todas as fases do ciclo de vida de meninas e mulheres, desde a escola primária até em altos cargos no campo científico”. Padrões impostosO preconceito de gênero, o machismo e o sexismo são estruturais, aponta o documento. As influências prejudicam a paridade e a isonomia entre homens e mulheres no campo do trabalho. “Por meio da influência familiar, as meninas e as mulheres são induzidas a fazer escolhas dentro de padrões definidos para elas, inclusive na escolha da carreira profissional. A concentração feminina e masculina em determinados tipos de carreira, faz com que as mulheres tenham menos oportunidades profissionais. Este fenômeno é chamado de segregação horizontal, também conhecido como segregação ocupacional”. Diante deste cenário, o relatório versa sobre “segregação vertical”. Trata-se da hegemonia masculina em posições de comando. “Mesmo exercendo atividades produtivas, as mulheres têm menos reconhecimento e são desencorajadas profissionalmente e intelectualmente. O termo segregação vertical descreve o domínio dos homens nos empregos de maior status, este efeito impede as mulheres de atingir níveis de igualdade de hierarquia, qualificação e remuneração”. Longo caminhoPor fim, o relatório aponta para uma lista de fatores que impedem que as mulheres alcancem as posições de destaque com paridade em relação aos homens:
Fonte: REDE BRASIL ATUAL | Foto: Jefferson Peixoto/Secom/Fotos Públicas |
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