NOTÍCIAS05/05/2022 Defender os bancos públicos é lutar por um Brasil melhor “Lutar contra as privatizações dos bancos públicos, é lutar por um Brasil melhor, com desenvolvimento econômico e inclusão social”, convocou Eliana Brasil, a coordenadora do Grupo de Trabalho em Defesa dos Bancos Públicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), durante a terceira oficina da Confederação no Fórum Social Mundial 2022. “A oficina evidenciou o papel fundamental dos bancos públicos para a inclusão da população mais pobre do país na economia. Os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento social e a geração de emprego e renda”, completou. Sistema financeiro para qual projeto de desenvolvimento?Fernando Amorim Teixeira, técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), corroborou com a teoria de que a existência de instituições financeiras públicas é fundamental para o desenvolvimento econômico. “São instituições necessárias para a operacionalização das políticas públicas e o financiamento de projetos de desenvolvimento. O crédito ofertado pelos bancos públicos, por exemplo, muito contribui para reduzir desigualdades regionais. Um plano de desenvolvimento eficaz deve reunir instituições capazes de apoiar as políticas públicas de desenvolvimento”. Fortalecer a representação social nos bancos públicosPara Rita Serrano, representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, os bancos privados não cumprem seu papel enquanto concessão pública no desenvolvimento de melhorias da população. “Não só não cumpre, como tentam abocanhar e controlar o estado brasileiro”, acusou. “Qual outra instituição no mundo teria a capacidade, o compromisso público que a Caixa teve em plena pandemia, no pagamento dos benefícios? Com a rapidez e pela forma que foi feita?”, questionou. “E não foi a primeira vez que a atuação foi fundamental”, completou. Bancos públicos são sobreviventesArthur Koblitz, presidente da Associação dos Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (AFBNDES) e membro titular do Conselho de Administração do BNDES, acredita que os bancos públicos terem permanecidos vivos em meio a tantos ataques é uma vitória da classe trabalhadora. “Tirar o BNDES da constituição foi uma das agendas prioritárias do governo desde 2016 e eles têm sido bem-sucedidos. Nossa luta é retardar esse desmonte e denunciar o que está acontecendo.” Bancos públicos em prol da recuperação econômicaDébora Cristina Fonseca, funcionária do Banco do Brasil e representante eleita para o Conselho de Administração, o Caref, concorda com o colega do BNDES sobre a importância da sobrevivência dos bancos públicos. “Mesmo com todos esses ataques, a gente continua tendo 60% da carteira do agronegócio brasileiro no BB. Se a gente não teve um problema de abastecimento de alimentos durante a pandemia, é porque o BB não parou conceder credito para agricultores familiares”. Fonte: CONTRAF |
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