NOTÍCIAS21/03/2022 Salários continuam perdendo para a inflação: seis de cada 10 acordos ficam abaixo do INPC. E situação vai piorarOs acordos salariais têm mantido a tendência de ficar abaixo da inflação, que por sua vez segue sua trajetória de alta. De 119 reajustes com data-base em fevereiro analisados pelo Dieese, 60,5% ficaram abaixo da variação acumulada do INPC-IBGE. Segundo os dados, preliminares, outros 15,1% tiveram índice equivalente ao da inflação e 24,4% conseguiram aumento real. Já a variação real (média dos reajustes após descontada a inflação) segue negativa. Em fevereiro, ficou em -0,98%. O Dieese aponta um “agravamento do quadro” após ligeira melhora em janeiro. O reajuste necessário para acordos com data-base em março subiu para 10,80%, ante 10,60% no mês anterior e 10,16% no primeiro mês de 2022. “A situação tende a piorar nos próximos meses, em função do impacto da guerra na Ucrânia sobre o preço dos combustíveis e da alimentação”, alerta o instituto. Pisos superam salário mínimo em 13% No total do primeiro bimestre, os resultados mostram algum equilíbrio. São 37% dos reajustes abaixo do INPC, 32% acima e 31% equivalentes à inflação. A variação média também é negativa: -0,48%. A situação é um pouco melhor na indústria, setor em que 39% dos reajustes no bimestre tiveram ganho real e 34% empataram com a inflação. Nos serviços, os aumentos reais contemplaram 30%, enquanto 43% ficaram abaixo do INPC. No comércio, metade dos acordos equivaleram à inflação. O valor médio dos pisos salariais registrados em acordos coletivos de fica, até agora, em R$ 1.370,84. Ou 13,1% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.212). Confira aqui a íntegra do boletim do Dieese. Fonte: REDE BRASIL ATUAL |
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