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10/12/2021

Combustíveis, energia e gás levam inflação a nova alta. Taxa em 12 meses é maior desde 2003

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,95% em novembro, menos do que em outubro, mas na maior taxa para o mês desde 2015, segundo o IBGE. Agora, acumula alta de 9,26% no ano. Em 12 meses, atinge 10,74%, taxa mais elevada desde novembro de 2003. Combustíveis e energia, mais uma vez, influenciaram o resultado da inflação, divulgado na manhã desta sexta-feira (10).

Apenas a gasolina, que subiu 7,38% no mês, contribuiu com quase metade do resultado: 0,46 ponto percentual. Agora, esse combustíveis acumula aumento de 50,78% em 12 meses. O IBGE também registrou altas no etanol (10,53%), óleo diesel (7,48%) e gás veicular (4,30%). Com isso, o grupo Transportes subiu 3,35%.

Ainda nesse grupo, aumentaram os preços médios de automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%), além das motocicletas (1,29%). Já as passagens áreas tiveram recuo de 6,12%, depois de elevações expressivas em outubro (33,86%) e setembro (28,19%). As tarifas de ônibus urbano diminuíram 0,05%, em média, com redução dos preços de passagens em Rio Branco.

Energia e gás sobem

No grupo Habitação (1,03%), a energia elétrica teve aumento médio de 1,24%, contribuindo com 0,06 ponto percentual para o índice geral de novembro. Houve reajuste em Goiânia, Brasília e São Paulo, além de redução em Belém e Porto Alegre, por causa da menor alíquota de PIS/Cofins.

A tarifa de água e esgoto subiu 0,52%, com reajustes no Rio de Janeiro, Vitória e Salvador. O gás encanado teve alta de 2% (reajuste n Rio), enquanto o de botijão aumentou 2,12%, contribuindo com 0,03 ponto percentual. Esse item acumula variação de 38,88% em 12 meses.

Preços dos alimentos

O grupo Alimentação e Bebidas, por sua vez, variou -0,04%, com queda de 0,25% no item alimentação fora do domicílio. O preço médio do lanche consumido fora de casa caiu 3,37%, enquanto a refeição aumentou 1,10%.

Já a alimentação no domicílio variou 0,04%, com quedas de preço em itens como leite longa vida (-4,83%), arroz (-3,58%) e carnes (-1,38%). Mas houve altas de produtos como cebola (16,34%), café moído (6,87%), açúcar refinado (3,23%), frango em pedaços (2,24%) e queijo (1,39%).

:: Gasto médio com alimentação nas favelas equivale a um salário mínimo, aponta estudo ::

Planos de saúde param de subir

No grupo Despesas Pessoais, que subiu 0,57%, o IBGE destaca os itens hospedagem (2,57%) e pacote turístico (2,28%), que já haviam subido em outubro. Também aumentaram os custos médios de manicure (1,72%) e brinquedos (2,77%). Em Saúde e Cuidados Pessoais (-0,57%), as despesas com produtos de higiene pessoal caíram 3%. Planos de saúde tiveram variação de -0,06%, refletindo, segundo o IBGE, redução determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Já os preços de produtos farmacêuticos subiram 1,13% (0,04 ponto percentual).

Entre as áreas pesquisadas, a região metropolitana de Belém teve variação negativa (-0,03%). As demais registraram alta, variando de 0,73% (São Luís) a 1,47% (município de Campo Grande). Em 12 meses, o IPCA vai de 8,70% (Belém) a 13,71% (Grande Curitiba). Soma 9,57% no Rio e 10,02% na região metropolitana de São Paulo, além de 10,06% em Brasília.

INPC: 10,96%

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,84%, cedendo em relação a outubro e a novembro do ano passado. Agora, o indicador usado como referência em negociações salariais soma 9,36% no ano e 10,96% no acumulado em 12 meses.

Os produtos alimentícios tiveram variação de -0,03%, após subir 1,10% no mês anterior. Já os não alimentícios registraram alta menos intensa, de 1,18% para 1,11%.

Fonte: REDE BRASIL ATUAL

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