Atos por todo o país realizados neste sábado (2) mostraram o repúdio ao governo Bolsonaro e a preocupação com a crise que aumenta a cada dia no país. Ocorreram manifestações em mais de 250 cidades por todo o Brasil, organizada por partidos políticos, centrais sindicais e movimentos sociais.
Ampliou-se o movimento contra Bolsonaro. Além da CUT, centrais sindicais das mais variadas orientações estiveram presentes, assim como 21 partidos políticos. Também estiveram presentes organizações sociais como Direitos Já, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Acredito, UNE, Coalização Negra por Direitos e outros movimentos.
A participação da categoria bancária foi ativa nos atos do Fora Bolsonaro. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT, se uniu à CUT e outras centrais sindicais na preparação dos atos, sindicatos da categoria promoveram atividades desde o começo do dia, num autêntico esquenta para as manifestações que aconteceram no decorrer do dia.
‘Bolsocaro’
Além da ampliação do leque políticos dos atos, outro fator presente nas manifestações foram as críticas à disparada nos preços, à carestia que dificulta a cada dia mais a vida da população, principalmente os setores mais carentes. “Bolsocaro” foi a palavra gritada no sábado com mais insistência. Rimava com o custo caro do botijão de gás, acima de 100 reais em diversas cidades, à alta dos alimentos e bens de primeira necessidade. O desemprego é o pano de fundo de uma conjuntura que só se agrava com o passar do tempo. Não bastasse tudo isso, Bolsonaro ataca diariamente os direitos trabalhistas, as empresas e os bancos públicos e também ataca a democracia.
As manifestações transcorreram de forma pacífica por todo o país. Um destaque contrário à tranquilidade dos atos de sábado foi o incidente ocorrido no Recife, onde um homem dirigindo um Jeep Renegade preto atropelou e arrastou uma manifestante de 29 anos que participava do protesto. A vítima foi levada para o hospital com várias escoriações. O motorista fugiu sem prestar qualquer socorro à mulher atropelada.
Exterior
Houve também protesta contra Bolsonaro em outros 16 países, organizados por sindicatos, movimentos sociais e brasileiros residentes no exterior. A imprensa internacional destacou as manifestações. O jornal britânico The Guardian avaiou que os protestos no Brasil foram “massivos” e destacou que os índices de popularidade de Bolsonaro continuam a cair.
A emissora latino-americana Telesur destacou que as manifestações acontecem “um ano antes das eleições presidenciais no país sul-americano, nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma boa projeção para ser reeleito”.
Com informações do jornal Brasil de Fato.