23/08/2021
Conferência Estadual define plano de lutas, priorizando saúde dos trabalhadores e defesa da democracia
Bancários do Estado de São Paulo definiram neste sábado (21) suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2021/2022 durante a 23ª Conferência Estadual, organizada pela Fetec SP, que definiu a delegação e a pauta de reivindicações para a Conferência Nacional da categoria, que acontece em setembro. Na ocasião, foram eleitos 400 delegados.
Por conta da pandemia, pelo segundo ano consecutivo a Conferência foi realizada de forma virtual, superando as expectativas em participação, com a presença de 426 delegados dos 14 sindicatos filiados à FETEC SP, eleitos em assembleias e nas conferências regionais preparatórias.
O diretor de Administração e Finanças da Federação, Roberto Rodrigues, apresentou o plano de lutas, que, entre outros temas, prioriza a saúde dos trabalhadores bancários, com fiscalização do teletrabalho, respeito à jornada e direito à desconexão. A manutenção da CCT, continuidade do aumento real e da PLR também protagonizaram o debate que ainda abordou o cenário caótico do país com o retrocesso imposto pelo governo Bolsonaro.
‘’Vivemos um dos piores cenários da nossa história, com o pior governo num momento extremamente delicado. São milhares de famílias enlutadas, pessoas em total estado de miséria, milhares de desempregados e nossa economia afundando de tal forma que levará anos para revertermos todo esse retrocesso e retirada de direitos impostos por esse governo genocida. Portanto, nossa luta vai muito além da garantia e manutenção de direitos. Historicamente a categoria bancária é linha de frente em lutas históricas e neste ano não será diferente. Não estamos sós. Estamos atentos e fortes. Vamos transformar nosso luto em luta, nas ruas e nas redes’’, concluiu a presidenta da Fetec SP, Aline Molina.
Para Ivone Silva, presidenta do Seeb SP, o cenário atual exige que os trabalhadores de bancos enfrentem questões urgentes e fundamentais, como a defesa da vida, dos empregos, regime de home office, critérios para retorno presencial ao trabalho e garantia de direitos seriamente ameaçados pela política econômica do governo Bolsonaro, representado pelas privatizações, pela PEC 32, que vai destruir o serviço público, e pela MP 1045, que praticamente volta ao regime da escravidão e que também afeta diretamente os bancários. ''Por isso, os trabalhadores de bancos precisam estar mobilizados e organizados, junto ao Sindicato, em uma campanha nacional forte.”
Confira o Plano de Lutas de 2021/2022
1- PARA NEGOCIAÇÃO COLETIVA:
Manutenção da CCT e da mesa única de negociação.
Pela continuidade do aumento real e PLR;
Fiscalização de condições de para Teletrabalho /HomeOfice
Respeito à jornada de Trabalho e ao direito de se desconectar
Lutar pela representação de todos os seguimentos do Ramo Financeiro;
Reconhecimento da Patologia da COVID como doença ocupacional e emissão de CAT
2 - CATEGORIA BANCÁRIA
Em defesa do Emprego e de mais contratações.
Contra o fechamentos de agências/departamentos;
Lutar por saúde plena e condições de trabalho dignas;
Defesa da Saude e Segurança do trabalhador Bancário e Bancaria
Combate às cobranças excessivas de metas que adoecem;
Contra os descomissionamentos arbitrários;
Reiterar e intensificar os protocolos Sanitários, como: uso de máscara, distanciamento, acrílicos nas mesas, renovação do ar, Sanitização e limpeza permanente
dos Locais de Trabalho, entre outros;
Em defesa dos bancos e empresas públicas, e de seu papel social;
3 - DEMOCRACIA PARA OS TRABALHADORES(AS)
Em defesa do estado democrático de direito.
Estatização do sistema financeiro com controle social e político.
Defesa da vida e das orientações médicas e sanitárias da OMC.
Fora Bolsonaro.
Vacina no braço, comida no prato!
Fonte: FETEC SP
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