O mundo globalizado, que nunca havia enfrentado um desafio como o Covid-19, terá o Dia do Trabalhador inédito na história do movimento sindical. Mesmo separados, os trabalhadores se unem em defesa da vida, dos direitos e pela manutenção dos empregos. Os lares se tornam palco de uma grande manifestação com destaque aos profissionais que enfrentam essa guerra na linha de frente para salvar vidas.
E diante deste cenário agravado pela crise da pandemia do coronavírus, os brasileiros, que já enfrentavam vários retrocessos com as políticas neoliberais, com a retirada de direitos, desemprego e precarização do trabalho, enfrentam o descaso do atual governo pela vida. Por isso, neste 1º de Maio, totalmente atípico, as palavras resistência e solidariedade ganham força.
Com o atual cenário político, os trabalhadores brasileiros têm um desafio ainda maior, o de realizar uma manifestação de forma virtual, mas com o mesmo vigor e garra de todas as outras.
“Com o agravamento da crise mundial e principalmente em nosso país, a luta pela vida e pela sobrevivência se tornou prioritária, num governo que demonstra total desapreço pela vida do povo e que já vinha reduzindo o papel do Estado, abrindo mão da soberania nacional, acabando com os direitos trabalhistas e extinguindo as políticas públicas. Nossa luta contra essa política genocida deve se tornar ainda mais forte. Os trabalhadores da linha de frente merecem todo nosso agradecimento. Além da defesa dos diretos e emprego, nossa luta ganha força em defesa da vida”, ressalta Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.
Empregados da Caixa na linha de frente
Neste Dia do Trabalhador, vale destacar o grande esforço da categoria bancária, em especial, dos empregados da Caixa. “Sem o banco público, não teríamos como lutar contra o sofrimento de milhares de brasileiros que não têm acesso às necessidades básicas, sem emprego, moradia digna e alimento. No enfrentamento deste colapso social, lutamos pela vida dos empregados da Caixa e pelo povo que tem fome”, diz Juvandia.
De privatizável, a Caixa se tornou essencial e os projetos de ‘renda básica’ serão essenciais no futuro para evitar colapso social.
“Neste tempo vimos a importância das empresas públicas e principalmente do SUS, um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. Ao contrário do que diz o governo o relaxamento do isolamento social vai levar ao aumento do contágio e um colapso neste sistema. Para a nossa sobrevivência e de nossos trabalhadores, as ações de vários governadores, que seguiram as orientações da OMS foram fundamentais”, explica a presidenta.
Mesmo separada, a classe trabalhadora dá o seu recado de força, solidariedade e união.