NOTÍCIAS27/03/2020 Pressão das centrais sindicais leva à aprovação de renda emergencial de até R$ 1.200 A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (26), a criação de uma renda mínima emergencial de R$ 600, durante três meses, para trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores afetados pelo coronavírus. Para famílias com dois ou mais trabalhadores e mães solteiras, o valor será de R$ 1.200. Aqueles que não têm filhos receberão os R$ 600. A medida deverá alcançar 24 milhões de pessoas. O governo havia proposto inicialmente R$ 200 por pessoa. As Centrais Sindicais já tinham apresentado uma proposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) de meio salário mínimo por pessoa. Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), destacou o papel das Centrais Sindicais, que apresentaram uma proposta de renda básica para o presidente da Câmara dos Deputados e articularam com setores empresariais e partidos políticos. “É isso que muitos países estão fazendo, garantindo renda e mandando o povo ficar em casa para controlar o contágio, enquanto buscam soluções pro atendimento da rede de saúde, testam remédios, desenvolvem vacinas.” Juvandia destacou ainda a importância do avanço que foi a proposta aprovada na Câmara. “Além de todos os auxílios para a população, mostra como a união da sociedade para pressionar faz a diferença”, finalizou. Papel do EstadoPara o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), este é o papel do Estado em meio a crise. “Liberar recursos fiscais ilimitados para o atendimento de saúde preventivo e curativo, liberar recursos para garantir renda para as pessoas com proteção do emprego e liberar recursos para capital de giro das empresas com juros subsidiados. Além de liberar recursos para retomada de investimentos públicos para mobilizar a saída da crise. Para ter recursos, criar um Fundo de Emergência Fiscal, tributando os ricos e a riqueza e dando nova ordem de prioridade para os gastos fiscais. Tudo é Estado, capacidade fiscal e coordenação de ações e iniciativas”, disse. Vitória das CentraisA Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as demais centrais sindicais passaram os últimos dias em reunião com o Supremo Tribunal Federal (STF) e com o Congresso para discutir como fazer o enfrentamento à crise sanitária e econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) de forma séria e humanitária. Na pauta, foram debatidas medidas urgentes para proteger o emprego, os direitos e a renda da classe trabalhadora. NegociaçãoA aprovação resultou de um acordo feito após intensas articulações envolvendo todos os grupos políticos da Casa. O debate partiu da proposta apresentada pelas Centrais Sindicais, que propuseram uma renda mínima de meio salário mínimo por pessoa. O governo queria que o auxílio fosse de apenas R$ 200. Fonte: CONTRAF |
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