Os empregados da Caixa Econômica Federal estarão mobilizados em todo o Brasil, na próxima quinta-feira (13), em defesa da Caixa 100% pública. O Dia Nacional de Luta tem como objetivo reforçar a campanha #ACAIXAÉTODASUA e denunciar os ataques que os trabalhadores estão sofrendo diante da reestruturação prevista pela gestão da instituição. Para reforçar o ato, as entidades representativas orientam os empregados a usarem preto no dia da mobilização e realizarem reuniões com os colegas e conversas com a população para apresentar os riscos que a Caixa corre com as vendas de áreas estratégicas do banco.
Para isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), por demanda da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), disponibilizaram duas publicações que mostram dados de investimentos da Caixa e as principais conquistas dos empregados do banco. As cartilhas #ACAIXAÉTODASUA e Lutas e Conquistas estão disponíveis na seção publicações e na área de download do site da Contraf-CUT.
Os números da Caixa estão presentes na publicação #ACAIXAÉTODASUA. A cartilha mostra como os investimentos da Caixa, com o seu papel social, impactam diretamente no desenvolvimento de um Brasil mais justo e digno para todos. O banco é responsável por 70% dos financiamentos habitacionais, por cerca de R$ 120 milhões de pagamentos do Bolsa Família e por transferir R$ 4,5 milhões aos programas sociais nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde.
A publicação Lutas e Conquistas conta a história das mobilizações dos empregados da Caixa por melhores condições trabalho e por um banco público e social. A cartilha apresenta fatos importantes conquistados pela categoria, como a Greve Histórica de 1985, pela jornada de seis horas e direito à sindicalização, a campanha nacional em defesa da reintegração dos demitidos de 1991, e as Campanhas Nacionais em Defesa da Caixa.
Carta aos parlamentares
A Contraf-CUT também disponibilizou em sua área de download uma carta aberta aos parlamentares, que deve ser entregue aos vereadores, deputados estaduais e federais mostrando a importância da Caixa para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Este tipo de ação dá muito resultado. Nesta segunda-feira (10), por exemplo, a deputada federal Erika Kokay (PT/DF) manifestou em nota o apoio à luta dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal contra a reestruturação que a direção do banco está implementando unilateralmente, causando prejuízos à categoria e comprometendo o papel social da empresa. “Temos ciência de que todos os ataques que a instituição vem sofrendo visam um único objetivo: abrir caminho para a privatização”, ressaltou a parlamentar, que é empregada da Caixa.
Já na semana passada, o deputado federal Bohn Gass (PT-RS) parabenizou as entidades representativas dos empregados e os sindicatos dos bancários de todo o país que realizaram mobilização para denunciar o processo de privatização. “E como é que eles fazem este desmonte? Eles tiram as partes boas da Caixa, venda de ações, cartões. Enfim, toda a parte que pode dar rentabilidade para a Caixa poder fazer sua parte social – que é tão importante para o povo trabalhador, como habitação e fundo de garantia –, e estão entregando a parte boa para os bancos. Porque o Paulo Guedes tem interesse nos banqueiros e não no Brasil. Estou aqui para dizer mobilizem-se contra essa política do Guedes.” O deputado Zé Carlos (PT-MA) também dedicou sua fala para denunciar o desmonte que está em curso da Caixa Econômica Federal, com o nome de reestruturação. “Peço apoio aos parlamentares desta Casa para que não deixemos uma empresa sólida, com milhares e milhares de sonhos realizados pelo Brasil, em vários segmentos do programa do governo, ser destruída por este governo. O governo Bolsonaro mente quando diz que a Caixa não vai ser privatizada. Na realidade, ela já está sendo privatizada. Portanto, temos que pedir isso. A Caixa não é do governo, a Caixa é do povo brasileiro.“
Fonte: CONTRAF