NOTÍCIAS29/12/2019 Bancos cortaram 2.404 empregos em novembroMesmo sendo o setor mais lucrativo da economia, com lucros batendo recorde após recorde, os bancos não param de cortar postos de trabalho. Apenas em novembro, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o setor teve saldo negativo de 2.404 postos de trabalho. No acumulado entre janeiro e novembro já são 8.783 empregos a menos. > Faça a sua sindicalização e fortaleça a luta em defesa dos direitos trabalhistas “Essa política de cortes arbitrários nos bancos é um absurdo. Uma irresponsabilidade de um setor que só no primeiro semestre lucrou R$ 50,5 bilhões”, comenta a diretora de Comunicação do Sindicato, Marta Soares. > Governo e mídia comemoram ‘alta’ do emprego com contratação temporária e precária Marta lembra que os bancos operam no Brasil como concessões públicas e que, portanto, deveriam ter responsabilidade social e oferecer contrapartidas para a sociedade. “Infelizmente, os bancos vão exatamente na direção oposta. Com essa política de cortes sobrecarregam e adoecem bancários, contribuem para aumentar ainda mais a já elevada taxa de desemprego no país, além de precarizarem o atendimento à população.” RotatividadeAlém de cortar postos de trabalho para maximizar lucros, os bancos também faturam com a rotatividade no setor. De acordo com o Caged, em novembro o salário médio dos bancários que ingressaram no setor (R$ 4.491) correspondeu a apenas 63% do que recebiam em média os trabalhadores desligados (R$ 7.132). Desigualdade de gêneroOs dados do Caged revelam também a desigualdade de gênero no setor bancário. As mulheres que ingressaram no setor em novembro receberam, em média, R$ 3.787, 73% do que receberam em média os homens contratados (R$ 6.340). Essa desigualdade também é constatada nos desligamentos. Bancárias que deixaram os bancos em novembro recebiam, em média, R$ 6.278, 78% do que recebiam os homens desligados no mesmo período. “A luta do Sindicato é por um setor mais justo e com mais equidade para todos. Os dados do Caged revelam o quanto essa luta é importante e se faz necessária. Uma das formas para mudar esse quadro de evidente desigualdade de gênero nos bancos é conhecê-lo em detalhes para que possamos cobrar dos bancos políticas para um ambiente de trabalho com mais igualdade, com valorização e oportunidades para todos. Por isso, os dados que serão conhecidos a partir da tabulação do Censo da Diversidade 2019, conquista da Campanha Nacional 2018, serão fundamentais para a atuação dos sindicatos de todo o país”, conclui Marta.
Fonte: SEEB SP |
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