Trabalhadores de várias categorias e de mais de 150 países se mobilizaram, nesta sexta-feira (20), contra a destruição do país, provocada pelo desmatamento, queimadas, uso de agrotóxicos e pelas privatizações. As atividades cobraram do governo atual investimento e fiscalização ambiental e levantaram as bandeiras em defesa das empresas públicas e dos direitos sociais, trabalhistas e da aposentadoria.
No Brasil, as manifestações foram organizadas pela Central Única dos Trabalhadores, demais centrais sindicais – CTB, CGTB, CSB, Força Sindical, Intersindical, UGT e Conlutas -, da Coalizão pelo Clima – articulação que reúne quase 70 organizações da sociedade civil – e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Os bancários também se somaram às mobilizações. “As chamas que estão consumindo a floresta amazônica serviram como alerta. O mundo todo sabe que no Brasil temos um governo que não tem o mínimo de respeito ao meio ambiente, à cultura, aos índios, aos negros… As ‘chamas’ desse governo, que destroem a Amazônia, também atingem os bancos e demais empresas públicas e os direitos da classe trabalhadora”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Os atos aconteceram em vários estados, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco. Na capital paulista, as atividades começaram às 13h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), com aula pública sobre aquecimento global e oficinas de cartazes.
Manifestações pelo mundo
Mais de 150 países contaram com atos em protesto contra a emissão de gases do efeito estufa, que provocam mudanças climáticas, e que são de responsabilidade de empresas e governos com o meio ambiente.
Na Austrália, mais de 300 mil pessoas lotaram as ruas de 100 cidades. Na Europa, multidões nas ruas. Na Alemanha, por exemplo, 500 cidades anunciaram protestos. Nos Estados Unidos não foi diferente, 800 cidades aderiram à mobilização. Nova York já amanheceu com atos e a concentração de pessoas impressiona. Wall Street, famoso centro financeiro, foi totalmente tomada com cerca de 1 milhão de pessoas.
Fonte: CONTRAF