NOTÍCIAS18/03/2019 Presidente do Banco do Brasil afirma que estatal deveria ser privatizadaDurante cerimônia de posse dos presidentes dos bancos públicos, no Rio de janeiro, nesta sexta-feira (15), o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes afirmou que “está convencido” de que a empresa “deveria ser privatizada”. Novaes disse que não está em cogitação nenhuma venda das grandes estatais do Brasil, como da Caixa Econômica Federal, Petrobrás e, inclusive do Banco do Brasil. Mas reforçou que o país deveria bater nessa tecla porque essas companhias estariam “melhor na mão do setor privado”. Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, se o banco for privatizado, todo o retorno que o banco dá para a sociedade, vai para o banco privado. “O interesse não vai ser mais do Brasil e sim de quem for o dono deles. Além de colaborar com o desenvolvimento do país, o Banco do Brasil ainda dá lucro de 12 milhões, como podemos conferir no balanço dos lucros do ano passado”, ressaltou Wagner. Caixa e BNDES na mira das privatizações Na esteira do discurso liberal, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, destacou que, no mês passado, a Caixa deu início à venda de ativos e afirmou que o banco “vai fazer a abertura de capitais” dos segmentos de seguridade, loterias, cartões e assets. O presidente o BNDES Joaquim Levy endossou a defesa da cessão de empresas públicas ao setor privado, tendo em vista que, para ele, “o estado brasileiro se tornou muito grande”. Ele destacou que o BNDES está trabalhando com vários estados na privatização, sobretudo, do setor de energia, mas que há mais a ser feito. “As privatizações marcam o fim do papel social que as empresas públicas cumprem em nosso país. Não podemos permitir que isso aconteça. Não só os bancos públicos estão sob ameaças, mas também o emprego de muitos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro.” Para Nascimento, um presidente do BB que desconhece sua importância para o país não deveria estar no cargo que ocupa. “Como ele não é de carreira, não fez concurso, veio de uma indicação política, talvez falta ao presidente conhecer mais sobre a importância e papel do Banco do Brasil para o desenvolvimento do país.” Fonte: CONTRAF |
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