NOTÍCIAS06/03/2019 Presidente da Caixa foge dos trabalhadoresO presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, se recusou a atender à solicitação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para que sejam esclarecidas as mudanças que estão sendo implantadas no banco desde o início de sua gestão. O banco alega que não há necessidade de realizar uma audiência para esclarecer os pontos levantados pelos empregados, pois a mesa permanente de negociação cumpre esse papel. A próxima mesa está marcada para abril. A Contraf-CUT enviou ofício ao banco na segunda-feira (25) solicitando uma reunião para o esclarecimento das mudanças, alertando que algumas delas ferem o que determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado com os empregados. “O banco se recusa a nos receber para explicar as mudanças que estão sendo impostas, mas a cláusula 48 do acordo garante que a implantação de novos processos de trabalho que causem impactos na vida funcional dos empregados deve ser debatida previamente com as entidades de representação dos trabalhadores”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. “Isso configura o descumprimento do Acordo. Já estamos analisando quais são as medidas cabíveis que serão tomadas caso a posição do presidente da Caixa não seja revista”, informou Fabiana Proscholdt, diretora e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o banco. Dia Nacional de Luta Contra a privatização “Basta fazer uma análise dos balanços para ver que estas áreas são as mais rentáveis do banco. Ele quer dar o filé mignon para a iniciativa privada se esbaldar com os altos lucros que estes segmentos proporcionam ao banco e à sociedade brasileira. Não vamos nos calar diante de tamanho descalabro”, afirmou o coordenador da CEE/Caixa. Uma análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nos últimos balanços aponta que as receitas da Caixa com tarifas e prestação de serviços com cartões e seguros rendem em torno de R$ 2,2 bilhões/ano. Em termos de equivalência patrimonial, com seguros, a receita é de quase R$ 1 bilhão (em 2017, foram 960 milhões). “São valores significativos. Estas áreas estão entre as mais rentáveis do banco”, disse a economista Vivian Rodrigues. Leia também: Fonte: Contraf-CUT |
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