26/11/2018
Debate sobre análise de conjuntura no 11º Congresso da FETEC-CUT/SP
A mesa de debate sobre análise de conjuntura realizada no 11º Congresso da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), conduzida por Aline Molina, presidenta da entidade, contou com a participação de Guilherme Boulos, ativista político, político, escritor brasileiro e membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.
O debate avaliou o atual momento vivido pelos trabalhadores do país no atual cenário, em que um governo com uma pauta manifestamente retrógrada do ponto de vista social e economicamente ultraliberal e privatista, que defende a substituição do Estado pelo mercado mesmo na oferta de bens e serviços essenciais, e que já anunciou que pretende reprimir movimentos que forem contrários às pautas apresentadas pelo governo.
Segundo Guilherme Boulos, Bolsonaro é uma ameaça real à democracia brasileira, mas há esperança. “O Brasil é maior do que Bolsonaro. Não iremos nos acovardar, precisamos entender que ter posições diferentes dentro da sociedade é normal, em uma democracia. Mas precisamos discutir e apresentar a sua opinião. Precisamos ampliar nosso leque de propostas e dialogar com a população”, explica.
O perigo do próximo governo vai além dos riscos políticos, podendo atingir diretamente a liberdade de pensamento crítico, que é ameaçado pelo autoritarismo político que está por vir. A população que votou no novo governo representa menos de 30% da população, ou seja, existe espaço para diálogo com a sociedade.
“A população quer segurança, combate à corrupção, a população quer ser respeitada e o Bolsonaro não significa nada disso. Precisamos nos reaproximar da população, estar junto do povo, retomar bandeiras que historicamente sempre pertenceram à esquerda”, e completa. “Há muito espaço para luta e enfrentamento na sociedade. Não será uma luta fácil, porém já passamos vários períodos turbulentos em nossa história e a classe trabalhadora sempre teve disposição para lutar e neste período não será diferente. Precismos inovar e buscar novas formas de fazer a luta”, conclui Vagner Freitas.
FONTE: FETEC CUT
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