NOTÍCIAS22/01/2013 ONU reforça que crescimento só vem com empregoEstudo da ONU (Organização das Nações Unidas) alerta: há "grave risco de nova recessão" se não forem adotadas medidas de combate ao aumento do desemprego no mundo. Denominado Situação e Perspectivas da Economia Mundial 2013, o levantamento aponta que a previsão de crescimento econômico ao longo deste ano permanece em baixa em função ainda dos impactos da crise econômica internacional em vários países. "A economia mundial enfraqueceu consideravelmente em 2012. (A perspectiva é que se mantenha) deprimida nos próximos dois anos, com a previsão de crescimento de 2,4 % para 2013 e de 3,2 % para 2014", diz o relatório. Para a ONU, as políticas econômicas baseadas em medidas de austeridade fiscal e nos cortes dos orçamentos não oferecem o necessário para recuperar a economia e a estratégia deve ser alterada na tentativa de adotar ações coordenadas com políticas de criação de emprego e de crescimento sustentável. Como acontece no Brasil, com saldo de quase 20 milhões de empregos criados nos últimos dez anos. > OIT prevê 200 milhões de desempregados no mundo em 2013 Em 2012, até setembro, somente o Itaú extinguiu 7.831 empregos no Brasil. O Santander também cortou centenas de vagas, principalmente nos últimos meses do ano passado. "De forma geral as instituições financeiras estão devendo muito ao país", afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. "Mantemos uma ação sindical constante na defesa dos empregos, com protestos, negociação com as empresas e, em casos extremos, recursos à Justiça para tentar frear as demissões que os bancos insistem em promover", ressalta. "Mas os banqueiros só pensam em aumentar seus lucros, seus índices de eficiência, à custa dos empregos. E o estudo da ONU comprova o que dizemos: esse é o caminho errado. O Brasil tem-se mantido estável diante da crise financeira internacional, graças ao mercado interno forte e saudável e isso se constrói com trabalhadores empregados e com bons salários." A presidenta do Sindicato lembra que na Campanha Nacional Unificada 2012, a Fenaban afirmou que o tema emprego deveria ser debatido banco a banco. "Mas não é o que vem acontecendo e o Sindicato vai continuar trabalhando e utilizando todas as estratégias possíveis para barrar as demissões no setor", completa.
Postado pela Assessoria de Imprensa: 22/01/2013
Fonte: Seeb SP
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