NOTÍCIAS15/09/2017 Comissão dos Empregados e Banco do Brasil debatem mudanças nas PSOA Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco na quinta-feira (14) para debater as mudanças anunciadas nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), que incluem alterações nas atribuições dos caixas executivos. A reunião foi solicitada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) dentro do processo de negociação permanente previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Na reunião, o banco apresentou a chamada Mobilização envolvendo as PSO, com foco em novas tarefas para os caixas, incluindo presenças nas salas de autoatendimento e venda de produtos de capitalização, crédito direto ao consumidor (CDC), dentre outras. Também foi apresentado um programa de reconhecimento tendo como prêmio o acúmulo de ponto no Programa Livelo. Na visão do BB, as novas atribuições podem gerar mais oportunidades na carreira e os caixas poderiam ser aproveitados nos momentos de menor volume de atendimento nas unidades. Após a apresentação, os representantes dos funcionários apontaram aos executivos da Diretoria Gestão de Pessoas (Dipes) e Unidade Operações (UOP) os diversos problemas e considerações colhidas nas unidades do PSO em todo o Brasil. Teoria é diferente da prática Segundo Wagner Nascimento, coordenador da CEBB, embora o banco tenha falado que individualmente o caixa não será obrigado a vender produtos, a partir do estabelecimento de uma meta para os prefixos, tem sido constatado pelos funcionários diversas cobranças individualizadas, por e-mail e mensagens por aplicativos como o WhatsApp. “Os funcionários apresentaram os problemas com a segurança nas tarefas dos caixas a partir do momento em que precisa atuar na oferta de produtos. Muitos reclamam do deslocamento do posto de trabalho na bateria de caixas sem segurança, uma vez que boa parte do mobiliário não tem chave para trancar o numerário”, disse o coordenador da CEBB. Outra questão apontada é que há uma grande resistência dos funcionários em atuar na área negocial, uma vez que o perfil de trabalho operacional já foi escolhido quando migraram para as PSO. Os funcionaram dizem também que, além da mudança na natureza do serviço, estão sendo cobradas vendas de produtos onde não há nenhum treinamento para conhecimento do produto. Quando ao programa de recompensa com ponto Livelo, a Contraf-CUT considera que é uma forma de remuneração variável e deixou claro ao banco que, conforme as minutas de reivindicação da categoria bancária e específica dos funcionários do BB, a representação dos funcionários defende a contratação total da remuneração. “Reivindicamos que toda remuneração variável seja debatida e negociada com a representação dos trabalhadores”, explicou Wagner. Falta de treinamento Segundo o coordenador da CEBB, a falta de treinamento adequado traz insegurança para funcionários e clientes, uma vez que a oferta pode ser feita de forma equivocada, gerando prejuízos financeiros para os funcionários, inclusive passíveis de inquéritos administrativos, além de maior risco de ocorrências de diferenças de caixa. Melhora das estatísticas Outra reclamação apontada é quanto ao trabalho de entrega de cartões aos clientes que, em diversas regiões, não tem seguido com segurança os normativos internos, com relatos de entrega e armazenamento de cartões de clientes nas salas de autoatendimento. O banco informou que suspendera temporariamente o processo de entrega de cartões pelos caixas, até que o modelo seja devidamente ajustado. Sobrecarga de trabalho Os sindicatos também constataram e relataram problemas com o novo modelo do Gerenciador de Atendimento (GAT) – sistemas de gerenciamento de senhas e atendimento –, onde existe a prioridade de atendimento por tipo de cliente. A segmentação de renda dá privilégio de atendimento e tem gerado muita confusão nas agências, em muitos casos, trazendo insegurança física para trabalhadoras e trabalhadores que fazem o atendimento aos clientes, além de aumento nas denúncias aos órgãos de defesa do consumidor. Participação de funcionários das PSO Análise da reunião “Houve o compromisso do banco de trazer as devolutivas das anotações geradas na reunião e, posteriormente será analisada a realização de uma próxima reunião”, disse. Wagner ressaltou, porém, que os relatos colhidos pelos sindicatos e apresentados na reunião, reforçam os motivos pelo qual o movimento sindical é contra a venda de produtos pelos caixas. “Falta segurança nos guichês, falta melhorar o sistema de atendimento aos clientes e, sobretudo, falta treinamento dos funcionários. Não é possível que neste momento o caixa, que muitas vezes não dá conta do atendimento de tantos clientes, ainda tenha que ofertar produtos para os quais não foi treinado”, criticou. A CEBB e os sindicatos continuarão fazendo os debates nos locais de trabalho e verificando tanto as medidas anunciadas de inclusão de outras atribuições aos caixas, como também se houve melhoria e condições para que as tarefas sejam realizadas com segurança para bancárias e bancários. Durante a reunião sobre PSO, o Comando Nacional, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, entregou ao banco uma proposta de Termo de Compromisso para garantia de direitos dos funcionários do BB. Fonte: Contraf-CUT/ Foto: Guina Ferraz |
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