NOTÍCIAS04/07/2017 A lógica perversa do Santander“O que a gente pode fazer por você hoje?” O comovente slogan do Santander não é colocado em prática pelo banco. O Sindicato recebe semanalmente diversos casos de bancários que tiveram sua saúde destruída de tanto trabalhar na instituição. Doenças laborais que a empresa, por meio do médico do trabalho, não reconhece para não arcar com o salário durante o período de afastamento. A fim de evidenciar o descaso com a saúde dos trabalhadores e cobrar do banco mudança de postura, o Sindicato denuncia alguns deles nesta série de reportagens. Oriunda do Banespa, a bancária Rose Mary Freitas desenvolveu uma série de lesões causadas por esforço repetitivo na coluna e no joelho ao longo de 25 anos de trabalho. Todas comprovadas por laudos médicos de diferentes especialistas. Também sofreu um acidente vascular cerebral e tem problemas respiratórios que a obrigam a depender permanentemente de um cilindro de oxigênio para conseguir respirar. Ela continua afastada. Como o INSS negou seu benefício, está sem receber. A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários determina que o salário seja pago pelo banco quando o funcionário for considerado inapto no exame de retorno. Essa cláusula foi incluída para evitar que os afastados fiquem sem receber nem do banco e nem do INSS. “Acontece que os médicos contratados pelo Santander passaram a considerar aptos para o trabalho inclusive os bancários sem condições de reassumir suas funções porque o banco não quer arcar com o salário durante o período de afastamento”, denuncia a dirigente sindical Vera Marchioni. Casos como os descritos acima são recorrentes. Muitas vezes, o Santander ainda demite o funcionário que teve sua saúde destruída trabalhando para o banco que lucrou R$ 7,3 bilhões em 2016, resultado 10,8% maior que em 2015. Fonte: Seeb SP
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