NOTÍCIAS26/06/2017 Projeto quer liberar abertura de bancos aos sábadosO Projeto de Lei do Senado (PLS) 203/2017, do senador Roberto Muniz (PP-BA), revoga o artigo 1º da Lei 4178/62, que proíbe a abertura de bancos aos sábados. Apresentado na quarta-feira (21), o projeto tramitará pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) em caráter terminativo, ou seja, se aprovados pelas comissões não precisarão passar pelo Plenário. Serão encaminhados diretamente à Câmara dos Deputados. Para o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, o senador não deve ter se dado ao trabalho de saber os motivos que levaram à proibição da abertura dos bancos aos sábados. “O senador disse que não há ‘motivos objetivos’ para que uma instituição financeira seja proibida de abrir aos sábados. Mas, sequer consultou a categoria antes de apresentar a proposta. Se limitou a dizer que a justificativa da não abertura dos bancos aos sábados é trabalhista. Como se as conquistas dos trabalhadores fossem um pecado, que sequer merece ser citado”, criticou von der Osten, que é um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, destacando que, na justificativa do projeto, o senador busca igualar os bancos aos demais estabelecimentos comerciais. Segundo o representante dos bancários, a proposta é mais uma que visa única e exclusivamente retirar direitos trabalhadores. “A jornada de trabalho de seis horas e o descanso semanal remunerado aos sábados e domingos é uma conquista da categoria, que manipula grandes quantias de recursos. Quando exercida esta tarefa por muitas horas, o trabalhador fica estafado e sujeito a erros. Os erros são cobrados dos funcionários, que ficam com prejuízo e ainda são dispensados. Isso é que deveria ser observado pelo senador”, explicou o presidente da Contraf-CUT. O exemplo da Caixa Segundo empregados da Caixa, a sobrecarga de trabalho está causando afastamento por doenças e prejudicando ainda mais o atendimento aos clientes. Atendimento eletrônico “Para o senador, a legislação trabalhista está anacrônica e precisa atualizada. A mesma análise não é feita com relação à ‘tranquilidade’ que os clientes têm ‘para pesquisar condições de crédito’, isso em um momento em que todos os bancos dispõem de ferramentas eletrônicas para suprir às necessidades de informações sobre crédito e demais operações realizadas pelos bancos, inclusive com simuladores das parcelas e renda necessária. Os bancos têm também canais de atendimento que podem dirimir quaisquer dúvidas. Os recursos caem diretamente na conta da pessoa que requereu o crédito. O que mesmo precisa ser atualizado?”, questionou o presidente da Contraf-CUT. Para saber mais: Fonte: Contraf-CUT |
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