NOTÍCIAS31/05/2017 Avançam negociações entre Fenaban e Comando Nacional dos Bancários
“As negociações são sempre muito difíceis. Esta foi a terceira reunião realizada para tratar da cláusula 62. Hoje avançamos bastante na direção dos critérios gerais para a criação dos centros. Os debates agora passam para a fase de negociações individuais banco a banco”, explicou Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Bancários (Contraf-CUT) e coordenador do Comando. A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, destacou a importância das Comissões de Organização dos Empregados (COEs) para o andamento dos trabalhos de criação destes centros. “Alguns bancos estão mais adiantados nesse processo. As COEs podem contribuir com o detalhamento da proposta e avançar nos acordos específicos com os bancos” afirmou Juvandia, que é também vice-presidenta da Contraf-CUT. Adiantamento emergencial de salário O direito é garantido ao bancário que, apesar de ter sido considerado apto pelo perito do INSS, seja considerado inapto pelo médico do trabalho do banco, comprove ter apresentado o Pedido de Reconsideração junto ao INSS, e comprove o agendamento da 1ª perícia médica a ser realizada pelo INSS. Alguns bancos tinham deixado de cumprir esta cláusula desde agosto de 2016, quando uma portaria do Ministério da Saúde extinguiu a possibilidade de pedido de reconsideração junto ao INSS, nos casos em que o trabalhador é considerado apto ao retorno ao trabalho pelo perito do INSS, mas inapto pelo médico do banco responsável pela reavaliação para o retorno ao trabalho. “Não é possível que os bancos continuem exigindo do trabalhador um documento que deixou de existir por determinação do governo. Propomos que, ao invés do Pedido de Reconsideração junto ao INSS, o trabalhador mostre que entrou com recurso contestando o resultado da perícia e os bancos estão avaliando. Vamos resolver em uma próxima reunião”, disse o presidente da Contraf-CUT. Apesar do avanço nas negociações com relação à cláusula 65, as negociações ainda não foram concretizadas. Monitoramento de resultados A preocupação do Comando com a mudança nesta cláusula é a de, havendo alteração, passar a haver ranking e os trabalhadores serem expostos. “Mesmo com a proibição, o ranking acontece, assim como a utilização de meios ilícitos para a cobrança de resultados. Se abrirmos qualquer brecha isso vai ficar ainda pior”, afirmou von der Osten. Agenda Fonte: Contraf-CUT |