Encontro debaterá empoderamento da mulher

Apesar da maior parte da população do Brasil ser feminina, as mulheres ainda ocupam poucos espaços de poder na sociedade. Em 2010, pela primeira vez elegemos uma mulher para presidência da República, Dilma Rousseff assumiu o cargo, quase 80 anos depois das mulheres terem conquistado o direito de votar (Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932).

A representação feminina nos poderes Legislativo e Executivo é de apenas 12%. De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, dos 15.076 candidatos a prefeito do país em 2012, apenas 13% eram mulheres e 12% foram eleitas. Dos 5.549 eleitos, somente 657 são do sexo feminino. Na eleição para vereador, a participação feminina foi de 32%, mas foram eleitas para as câmaras municipais 13%, um total de 57,3 mil mulheres. "O empoderamento da mulher na sociedade, no trabalho e nos espaços públicos é fundamental para a construção de uma sociedade justa"�, afirma Crislaine Bertazzi, secretária de Políticas Públicas da FETEC-CUT/SP.

No mundo do trabalho, as disparidades também são visíveis, mulheres recebem em média 30% a menos do que os homens que exercem o mesmo cargo. No caso das mulheres negras a diferença chega a 40%.

A CUT luta pela aprovação imediata do Projeto de Lei 6653/2009, que estabelece igualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho. para dar o exemplo, a central aprovou no seu último congresso, a paridade, que será aplicada a partir da próxima gestão, onde 50% da direção será feminina.

O empoderamento da mulher na sociedade, no trabalho e no espaço público será um dos temas debatidos no 1º Encontro Estadual de Mulheres, organizado pela FETEC-CUT/SP, no próximo sábado 13, em São Paulo.