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11/01/2017

Aniversário da Caixa na quinta-feira é dia de luta

A imprensa noticiou, na quarta-feira 4, que a Caixa concluiu sua proposta para o programa de demissão voluntária, que deverá ser aberto aos funcionários no final deste mês, com adesão até o começo de fevereiro.

Segundo a Folha de S.Paulo, até 10 mil empregados poderão aderir ao plano, que deve ser direcionado àqueles com idade para se aposentar, mas que seguem na ativa. A Caixa tem um universo de 20 mil trabalhadores que se enquadrariam nesses critérios.

Na quinta-feira 12, aniversário da Caixa, mais uma vez os bancários protestarão contra essa e outras arbitrariedades impostas pela direção do banco em relação às condições de trabalho e às tentativas de desmonte da instituição pública empreendidas pelo governo Temer.

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O dirigente sindical e empregado da Caixa Renato Perez reforça que a Caixa mantém um papel importante na manutenção de políticas sociais, e a redução do quadro de funcionários prejudicará não só os empregados do banco, como também a população.

“O atual governo pretende impor aos trabalhadores da Caixa e à sociedade um ajuste fiscal por meio da retirada de direitos e do desmonte do Estado reduzindo políticas públicas”, afirma. “Um plano de demissão voluntária sem a previsão de novas contratações é só mais um passo neste sentido. Somente a mobilização da sociedade e, principalmente, dos empregados pode barrar o sucateamento da Caixa e a piora das condições de trabalho.”

Estado mínimo – Para incentivar a aposentadoria, ainda de acordo com a Folha, a Caixa planeja oferecer uma bonificação de dez salários, conforme o tempo de casa. No entanto, esse é um dos pontos que precisam da aprovação do governo antes da publicação das regras aos funcionários. O lançamento do plano dependeria do aval do Ministério do Planejamento, que poderá vir na próxima semana. A Caixa não quis comentar o assunto.

“O caminho da retomada do crescimento passa pelo aumento de políticas públicas e do papel do Estado na economia, e a Caixa deveria ter um papel central neste sentido ao invés de sofrer um processo de sucateamento que só beneficia os bancos privados com a diminuição da concorrência em um setor extremamente concentrado e que não beneficia em absolutamente nada no desenvolvimento da economia”, afirma Perez.

Para a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, o PDV representa “menos empregados, piores condições de trabalho e aumento da pressão sobre todos, principalmente os gestores”. “É urgente a necessidade de fortalecimento da luta por contratações e contra o desmonte do banco”, aponta a dirigente sindical, que atualmente é candidata a representante dos empregados no Conselho de Administração do banco pela Chapa 1. A eleição, em segundo turno, ocorre de 16 a 20 de janeiro e o atual quadro, de ameaça aos bancos públicos, reforça a importância de eleger conselheiros comprometidos com o interesse dos trabalhadores e de toda a sociedade.

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