18/07/2016
Abertura da 18ª Conferência da FETEC-CUT/SP destaca importância da luta dos trabalhadores
Na abertura da 18ª. Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP, os dirigentes foram unânimes em afirmar que a Campanha Nacional dos Bancários acontecerá em um momento difícil para os trabalhadores. "Vimos ontem um golpe na Turquia, mas também vimos o povo ir para a rua para defender a democracia, para defender seus direitos. Somente com o povo na rua vamos conseguir mudar a conjuntura que vivemos no Brasil. Só a luta nos garante", disse a presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), Aline Molina.
O vice-presidente da Central única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Sebastião Cardozo, também destacou que, "na atual conjuntura do país, é importante destacarmos a defesa da democracia para fortalecer nossa Campanha Nacional de 2016", disse.
O presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, o Betão, lembrou que os bancários e os trabalhadores de forma geral terão que construir a luta em uma conjuntura impensada. "Não acreditávamos que uma direita que estava acuada e rejeitada pelos muitos programas sociais de inclusão social dos últimos governos conseguiria nos impor tantos retrocessos em apenas 60 dias de governo interino".
Ao final de sua fala, Betão entregou uma rosa vermelha para a presidenta da FETEC/SP, a primeira mulher presidenta da maior federação de bancários do país, e explicou que "a rosa vermelha será o símbolo de nossa campanha deste ano. Com sua beleza e delicadeza também tem espinhos para se defender, para lutar. Nós, também teremos que com nosso jeito, conseguir mostrar aos bancários e aos trabalhadores que somente indo às ruas, somente a luta vai garantir a manutenção dos seus, dos nossos direitos" explicou Betão.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, Luís Carlos dos Santos, que acabou de ser eleito, falou em nome dos demais presidentes dos sindicatos do interior do estado lembrando que o governo e a direita estão usando a desculpa de que vivemos uma crise para promover ataques aos direitos dos trabalhadores. "Gostaria de lembrar que a Previdência Social nasceu na Inglaterra justamente durante a Segunda Guerra Mundial. Diante de qualquer adversidade, pode até haver uma guerra no país, mas nada vai nos impedir de lutar em defesa dos nossos direitos", disse Luís Carlos.
A presidenta da Uni-Finanças, Rita Berlofa, destacou que a organização e luta dos bancários do Brasil é referência para o mundo. "Nos outros países todos nos perguntam como conseguimos fazer greve e obter conquistas para a categoria em um contexto de crise mundial. Já faz 12 anos que conquistamos aumento real lutando contra os banqueiros. Agora, novamente, apesar de vivermos um golpe, seremos capazes de convocar nossas bases e mostrar que "só a luta nos garante". Vamos conquistar mais uma grande vitória".
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite, disse em sua fala que o golpe não é só contra a Dilma, mas contra os trabalhadores. "Querem que trabalhemos 80 horas por semana e nos aposentemos com 80 anos. Trabalhando 80 horas por semana, vamos morrer antes de nos aposentar. Nossa campanha tem que lutar contra todos esses ataques", disse.
Fonte: FETEC-CUT/SP
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