28/08/2015
Dia do bancário é de festa e luta por conquistas
Bancário tem de ser valorizado todo dia. No caixa, no departamento, ralando para atender cliente e bater a meta, correndo do trabalho para a faculdade ou na dupla jornada depois de um dia exaustivo. Vida de bancário não é fácil. E ainda precisa arrumar tempo pra ir às passeatas, participar das assembleias da campanha, batalhar por mais conquistas. A categoria luta contra gestões abusivas, assédio moral e sexual, por salário justo e promoção na carreira. As razões são muitas para se orgulhar e comemorar nesta sexta-feira 28, o Dia do Bancário.
A data nasceu de uma grande assembleia em 1951, quando bancários de São Paulo permaneceram 69 dias em greve sob repressão do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e pressão de outros sindicatos que já haviam abandonado a paralisação. O movimento terminou em 5 de novembro, após a Justiça conceder reajuste de 31%. No mesmo ano foi conquistada a jornada de seis horas. Em 1962, aumento salarial de 60%, adicional por tempo de serviço e o fim do trabalho aos sábados.
Construindo a democracia " A categoria enfrentou a ditadura militar. Os bancários voltaram a se organizar e em 1978 a Polícia Federal fechou o Sindicato. Mobilizados, os trabalhadores retomaram o movimento numa eleição histórica, em 1979, e determinante para os novos rumos da entidade cidadã e construtora da democracia.
"É uma luta diária manter nossos direitos. Por isso, celebrar o Dia do Bancário é também comemorar nossas conquistas, a liberdade para lutar, a democracia", ressalta a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Quem luta, conquista " Sindicato e bancários juntos garantiram ao longo de todos esses anos uma Convenção Coletiva de Trabalho nacional exemplar. Nada veio de mão-beijada. O vale-refeição, o vale-alimentação e a PLR, assim como a complementação salarial para bancários adoecidos, foram frutos das campanhas da década de 1990. Nos anos 2000, avanços fundamentais como a Campanha Nacional Unificada entre bancos públicos e privados, valorização do piso, PLR adicional, aumentos reais para os salários " que já contam 11 anos consecutivos ", criação do instrumento de combate ao assédio moral, ampliação da licença-maternidade para seis meses.
"Ano a ano a organização da categoria fica mais forte. Se antigamente não éramos sequer recebidos, hoje negociamos nossas reivindicações frente a frente com banqueiros. Mas nossa luta é um grande desafio, que não para. E aprendemos com a história que é estando juntos, bancários e Sindicato, que avançamos sempre", reforça Juvandia. "Parabéns, categoria de luta!
Fonte: Seeb SP
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