NOTÍCIAS03/08/2015 Bancários reivindicam 16%, garantia de emprego e o fim das terceirizaçõesA 17ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou na plenária final, realizada neste domingo (2) em São Paulo, a estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2015, que terá como eixos centrais reajuste de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três sa lários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral e fim da terceirização. Participaram da Conferência, aberta nesta sexta-feira (31) no hotel Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, 667 delegados, sendo 219 mulheres e 448 homens, além de 42 observadores. O presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, ressaltou que os bancários realizaram uma grande conferência, com muito debate político. "Foi uma conferência muito disputada entre as forças, como é da nossa natureza, com muita democracia, tolerância e disposição. Construàmos uma minuta que vamos entregar aos banqueiros no próximo dia 11. Esse é um processo que nós inventamos, a partir da década de 80, de construir democraticamente nossa luta. Construir num formato que os bancários e as bancárias sentem pertencimento, sentem vontade de participar", avaliou Roberto Von der Osten. O presidente da Contraf-CUT lembrou que foram realizadas 48 mil consultas entre os bancários para construção da Campanha. "A categoria disse o que ela quer como índice, o que é prioridade na questão de saúde, de emprego e remuneração. Nós temos os debates nos sindicatos, depois nas federações e o coroamento, o fechamento disso, é nossa Conferência Nacional, que aprova a minuta", explicou o dirigente. A Campanha Nacional 2015 começa agora, afirmou o presidente da Contraf-CUT. "Ao entregarmos a minuta para os banqueiros começam as negociações. Há possibilidade de conflitos, mas depois a resolução. E chegamos a uma Convenção Coletiva. O Brasil vive agora uma crise política, que foi transformada em crise econômica. Mas nossos patrões navegam num mar tranquilo. Tiveram lucros altíssimos, apresentados no primeiro e segundo trimestres. Temos certeza que eles terão responsabilidade e coerência na negociação com a gente. E que vamos ter o ganho real que estamos reivindicando e vamos trazer mais conquistas para a categoria", acrescentou Roberto. Para o presidente da FETEC-CUT/SP, Luiz César de Freitas, o Alemão, este é um momento muito importante. "Reafirmamos aqui a unidade da categoria. Com as reivindicações pautadas pelos bancários e bancárias de todo o Brasil, buscando aumento real de salários e a melhoria das condições de trabalho, construàremos juntos a Campanha Nacional 2015, para assim garantirmos avanços na Convenção Coletiva Nacional da categoria", afirma Alemão. Conjuntura Nacional Os 667 delegados e delegadas que participaram da 17ª Conferência também discutiram temas importantes da conjuntura nacional, como as consequências do processo de terceirização, reforma tributária, desenvolvimento econômico e estrutura do s istema financeiro atual. Também houve duras críticas ao último aumento da taxa Selic, que passou para 14,25% ao ano, e ao ajuste fiscal, liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Entrega da pauta O Comando Nacional dos Bancários entregará no próximo dia 11 de agosto, em São Paulo, a pauta de reivindicações à Fenaban. Principais reivindicações aprovadas na Conferência Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real) PLR: 3 salários mais R$7.246,82 Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional). Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coàbe dispensas imotivadas. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários. Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós. Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com def iciência (PCDs).
Fonte: Com edição da FETEC-CUT/SP |
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