Lembrar e denunciar são instrumentos da luta contra os acidentes e doenças do trabalho

28 de Abril é dia de lembrar as vítimas de acidentes e doenças do trabalho, em sinal de alerta de que as condições laborais causam sofrimento e incapacitações, podendo inclusive matar. No caso das vítimas fatais, são 2 milhões de mortos por conta de doenças ocupacionais e 321 mil, em decorrência dos acidentes laborais, resultando em uma morte a cada 15 segundos.  

Instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2003, o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho faz alusão à explosão de uma mina nos Estados Unidos, ocorrida em 28 de abril de 1969, matando 78 trabalhadores. Em 2005, o Estado brasileiro acatou a iniciativa da ONU e promulgou a lei 11.121, instituindo o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.  

"É uma forma de chamar a atenção da sociedade sobre a perversidade do mundo do trabalho, que na busca por produtividade cada vez maior, despreza a segurança e o respeito à condição humana"�, afirma Roberto Rodrigues, secretário geral da FETEC-CUT/SP.  

Conforme a OIT, os números de acidentes e doenças fatais do trabalho representam uma verdadeira guerra contra os trabalhadores. E o Brasil ­ figura na quarta colocação do ranking mundial.  

Segundo informações do Anuário Brasileiro de Proteção 2015, com base nos dados do Anuário Estatístico da Previdência Social, no ano de 2013, ocorreram no país 717.911 acidentes no total, 2.814 óbitos e 16.121 incapacidades permanentes, somando mais de R$ 10 bilhões em gastos com encargos previdenciários. "Esses são números oficiais, mas sabemos que há muita subnotificação, o que aponta para um quadro pior, situação que ainda pode se agravar com o PL 4330, das terceirizações, que atualmente tramita no Congresso Nacional"�, alerta Adma Gomes, diretora de Saúde e Condições de Trabalho da FETEC-CUT/SP.  

Fonte: FETEC-CUT/SP