20/02/2015
Bancários de São Paulo protestam contra assédio moral no Santander
As denúncias de assédio moral na agência do Santander na Rua Augusta nº 2.941, em São Paulo, começaram em 2014. Logo o Sindicato tomou as medidas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com apuração do caso junto à instituição financeira.
"Fomos até o local, conversamos com bancários, o banco então iniciou o processo de monitoramento e passado o prazo de 45 dias, estipulado pela CCT, cobramos a solução. No entanto, o banco ultrapassou o prazo para a apuração e alega não procedente a denúncia dos trabalhadores. Consideramos um equàvoco, uma vez que em visita antes e durante a apuração, 70% confirmaram as ações abusivas", explica a diretora do Sindicato Wanessa Queiroz.
Nesta quinta-feira 19, a unidade ficou fechada até meio-dia. A paralisação arrancou reunião com o RH do banco, que deve ocorrer na próxima semana.
O protesto é para ressaltar que existe o canal de denúncia e acompanhamento para o combate de assédio moral, uma conquista da categoria, acordado com os bancos, mas a medida vem sendo desrespeitada. Combateremos o assédio moral com protestos, fechamento da agência, até que o banco tome providências", destaca Wanessa.
As denúncias continuam e a vida dos trabalhadores do Santander nesta agência virou um pesadelo. O setor de Relações Sindicais do banco não reconhece a prática de assédio na unidade, mas se comprometeu em acompanhar a agência por seis meses.
"Os bancários estão no limite. Esperar mais seis meses complicará ainda mais a vida desses trabalhadores. Pedimos que os funcionários não cessem as denúncias, pois continuaremos cobrando uma solução. Se o Santander nega a existência de assédio moral na agência, o que dizer sobre as denúncias constantes dos trabalhadores?", questiona Wanessa.
Hora do pesadelo
O horário de expediente na agência também pode ser chamado de hora do pesadelo para vários funcionários. Em mensagens ao Sindicato, trabalhadores denunciam cobranças vexatórias para atingir metas durante todo o dia em reuniões e por e-mail, trabalho fora do horário de expediente e alguns não podem ir embora enquanto não atingem a meta de seguro.
Vale ressaltar que o acordo específico dos funcionários do Santander prevê reuniões rápidas, limitadas a 30 minutos, pela manhã, sempre durante a jornada de trabalho e os gestores devem evitar tom de cobrança e não podem expor a equipe ou o funcionário individualmente.
O Sindicato aguarda que o Santander reoriente o responsável pela gestão da unidade na Rua Augusta para eliminação dos problemas. "Cobramos uma solução, mesmo que seja a realocação desta pessoa para outra unidade. Não temos mais como esperar. A pressão e o assédio exercido pela gestão afetam, além do resultado no trabalho, a saúde dos bancários", conclui Wanessa.
Fonte: Seeb São Paulo
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