Ombudsman, um canal para demissão no Itaú

Desde que o Itaú criou a figura do OMBUDSMAN, os sindicatos vêm recebendo denúncias dos bancários em homologações, segundo os quais estão sendo demitidos por terem divulgado irregularidades por meio deste canal.

O diretor da FETEC-CUT/SP, Valdir Machado, presenciou relato de uma bancária dando conta de que foi demitida um dia após ter encaminhado denúncia de descaso no interior do banco.

"Queremos saber do Itaú qual o critério usado, pois não foi uma única denúncia. Foram muitas e o porquê de os penalizados estarem sendo os denunciantes?"�, questiona Machado, ao ressaltar que a prática foge do propósito, que é confidencialidade, neutralidade e independência.

Ao proceder desta forma, a confiança do Ombudsman foi quebrada e os bancários mais do que sempre não devem usar desta ferramenta, que está servindo para demitir.

"A justificativa do Itaú para a criação do canal do Ombudsman é de proteção às pessoas que fazem as denúncias. Mas, desde a sua criação em 2007, o que temos vistos são retaliações e demissões"�, reforça Machado.

"A FETEC-CUT/SP já alertou seus sindicatos sobre a importância de orientarem os bancários a não utilizarem este instrumento que está penalizando o próprio denunciante. No caso de irregularidades, os bancários devem encaminhar denúncia para a direção do sindicato de sua base", alerta Alberto Maranho, diretor de Bancos Privados da FETEC-CUT/SP.

Fonte: FETEC-CUT/SP