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18/09/2014

Fenaban apresenta propostas sociais sem avanço contra as metas

Nesta quarta-feira 17, a Fenaban (Federação dos Bancos) apresentou propostas das cláusulas sociais para o Comando Nacional dos Bancários. A proposta global, com itens econômicos será entregue pelos bancos na próxima sexta-feira 19.

"A proposta apresentada pelos bancos traz alguns pontos positivos, mas problemas fundamentais para os trabalhadores, como emprego, igualdade de oportunidades, combate ao assédio moral e cobrança de metas, que adoece a categoria foram negados", afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.

 

Como positivo, os bancos aceitaram reembolsar as provas de CPA10 e 20 para os bancários aprovados, caso seja exigido pela empresa.

Outro item que será modificado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), é sobre o monitoramento de resultados de metas por torpedo ou qualquer outro tipo de tecnologia. A cláusula será reescrita para que fique mais clara.

Os bancários afastados que não recebem o adiantamento do 13° salário, passarão a receber. E as gestantes que comprovarem a gravidez no perí­odo do aviso-prévio terão reintegração automática.

Sobre a baixa adesão da utilização dos avanços da CCT pelos homoafetivos, como o plano de saúde, a Fenaban afirmou que os bancos irão ampliar a divulgação dos benefícios e que o trabalhador tratará do assunto direto com o RH ou departamento de Gestão de Pessoas e não no local de trabalho.

Também ficou acordado que serão realizados seminários periódicos sobre tecnologia.

Metas

Sobre as metas, os bancos afirmaram que já existem cláusulas na CCT que abrangem esse problema. "Reforçamos que essa está entre as principais preocupações dos bancários e uma das principais causas de adoecimento da categoria", ressaltou Alemão.

Saúde

A cláusula 44 da CCT sobre reabilitação será reescrita e tratará sobre retorno ao trabalho. A Fenaban também aceitou fazer o debate dos moldes como é feita essa reabilitação, com detecção precoce do problema e realocação no trabalho se necessário. Os bancos que já têm o programa, deverão adaptá-lo à nova cláusula e os que não têm, só poderão aderir após essas mudanças e de acordo com os sindicatos.

Aceitaram, ainda, debater com o movimento sindical o acordo que será fechado com o INSS, antes de apresentá-lo ao órgão, a respeito da reabilitação nos termos da lei.

Sobre o Programa Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) foi remetido para mesa temática.

Segurança

A Fenaban propôs a instalação de dois projetos-pilotos, onde os bancos escolhem um local e o Comando outro. O Comando quer estender os pontos positivos do projeto instalado em Pernambuco para todo o Brasil. "Constatamos a eficiência dos itens de segurança como as portas giratória e biombos nos caixas, pois reduziram os assaltos e mortes", reforça Alemão.

Os bancos não aceitaram estender o projeto para todo o país. Além disso, exigem adaptação da legislação nos lugares onde o projeto piloto vai acontecer.

Sem acordo

Para a Fenaban, a garantia de emprego, avanços no PCS, a ampliação do prazo de cesta alimentação para os afastados, revalidação dos atestados médicos e pausas no auto-atendimento foram negadas. Já a questão sobre o revezamento no auto-atendimento ainda não levaram para debate com os bancos.

Fonte: FETEC-CUT/SP

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