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11/09/2014

Sem proposta, negociação sobre remuneração continua nesta quinta-feira 11

Nesta quarta-feira 10, o tema da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação dos Bancos) foi remuneração, onde não foi apresentada nenhuma proposta por parte dos banqueiros. Todos os valores virão na proposta global para toda a campanha. O debate continua nesta quinta-feira 11, para tratar sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Os representantes do Comando Nacional ressaltaram o crescimento do lucro dos bancos em 16,5% e alto ín­dice de demissões no setor. Desde janeiro de 2012, os bancos demitiram 18.990 postos de trabalho (exceto a Caixa), sendo 5.512 somente nos últimos 12 meses.

 "Esse alto ín­dice de demissões é inadmissível em um setor com o aumento crescente do lucro. Queremos valorização dos pisos e PLR maior, além do fim das demissões", afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.

Reajuste - Entre as reivindicações dos bancários está o reajuste de 12,5%, sendo 5,4% de aumento real. O Comando Nacional reforçou a importância do aumento real para manter o poder de compra dos trabalhadores. Fenaban não avançou no debate e levará para tratar com os bancos.

14° Salário " Os bancos dizem não ter motivos para pagar mais esse salário e afirmaram que os bancários já têm benefícios bastante significativos.

Piso " Os trabalhadores reivindicam salário de R$ 5.064,73 para o primeiro comissionado. Fenaban tentou desvincular o debate e remeter para debate de ampliação de jornada de trabalho.

Isonomia de salários " Os trabalhadores reivindicam salários iguais para trabalhadores que exerçam a mesma função, com o comprometimento dos bancos em aplicar as disposições contidas na Convenção 100 da OIT e artigo 2º da Declaração de Direitos Humanos, no que concerne a equivalência salarial para trabalho de igual valor. Bancos negam que exista diferença salarial, ou discriminação, seja de raça ou de gênero.

Adiantamento das férias " os trabalhadores reivindicam o parcelamento do adiantamento das férias em até dez vezes, em parcelas iguais e sucessivas, sem acréscimo ou juros, a partir do mês subsequente ao do crédito. Fenaban debaterá com os bancos.

Auxí­lios " os bancários reivindicam os auxí­lios refeição e alimentação mensais no valor do salário mín­imo nacional (R$724). Bancos disseram não poder indexar um valor aos vales. Tratarão com os bancos.

13ª Cesta refeição " Os bancos negaram conceder a 13ª cesta refeição para os trabalhadores.

Auxí­lio creche/babá " Os bancários reivindicam auxí­lio creche/babá no valor do salário mín­imo nacional (R$ 724) para cada filho, inclusive para os adotados, dependentes com guarda provisória e enteados, até a idade de 8 (oito) anos e 11 (onze) meses. Fenaban nengou.

Auxí­lio educacional " Os bancários reivindicam o custeamento das despesas dos que ingressarem ou que já estejam cursando o ensino médio, graduação ou pós-graduação. Fenaban afirmou tem divergência entre os bancos.

Vale cultura " Os trabalhadores reivindicam a extensão do pagamento do vale cultura para todos os trabalhadores, independente do valor do salário, além do aumento do valor concedido. Bancos negaram.

Principais reivindicações:

"¢ Reajuste Salarial de 12,5%, sendo 5,4% de aumento real, além da inflação projetada de 6,76%

"¢ PLR " três salários mais R$ 6247

"¢ Piso " Salário mín­imo do Dieese (R$ 2.979,25)

"¢ Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxí­lio-creche/babá  " Salário Mín­imo Nacional (R$ 724);

"¢ 14º salário

"¢ Fim das metas abusivas e assédio moral " A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto ín­dice de adoecimento dos bancários

"¢ Emprego " Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho

Fonte: FETEC-CUT/SP

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