26/07/2014
Abertura da conferência reforça unidade
Integrantes do Comando Nacional dos Bancários " formado por representantes de todos os estados brasileiros " e representantes das centrais sindicais do país compuseram a mesa de abertura solene da 16a Conferência Nacional, na noite da sexta-feira 25, em Atibaia (SP). Nas falas de todos os sindicalistas foi ressaltada a união e disposição de luta da categoria, diante de uma nova Campanha Nacional que se inicia.
"Tenho orgulho de ser de uma categoria forte como essa, que tem uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida em todo o país. Nós enfrentamos um dos setores mais poderosos da economia, que mais lucra no Brasil e em todo o mundo, com a certeza de que eles podem atender as reivindicações dos trabalhadores", disse a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando, lembrando que apenas no primeiro trimestre deste ano a soma dos lucros dos seis maiores bancos no país chegou a R$ 13 bilhões, 15% a mais do que no mesmo período de 2013.
"Os trabalhadores, que vêm suas lutas serem sempre distorcidas pela mídia, sabem da importância da democratização da comunicação. E hoje foi um dia histórico, nesse sentido", destacou Juvandia, lembrando da assinatura de parceria entre o Sindicato e a TV dos Trabalhadores. "Que a TVT seja um dia a emissora de maior audiência do Brasil, com uma comunicação que não tenha preconceito contra a luta dos trabalhadores."
"Somos uma categoria que pensa como classe, que pensa no país que vive, no mundo. Por isso discutimos e temos de discutir, sim, a democratização da comunicação, a reforma política, a distribuição de renda, como estamos fazendo aqui na nossa conferência."
Juvandia lembrou ainda que o Santander demonstrou que a continuidade do governo Dilma não interessa aos banqueiros. "Falam em indicadores que pioram, mas pioram por quê? Porque tem distribuição de renda, aumento salarial, geração de emprego", questionou. "Acho que nós bancários temos duas vitórias para alcançar: avançar para fortalecer ainda mais nossa CCT e não permitir que o Brasil e a América Latina regridam."
Centrais " Primeiro bancário a presidir a Central única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas lembrou as dificuldades que a categoria enfrenta em todas as campanhas, para logo em seguida afirmar: "Com a extraordinária militância que nós temos, vamos derrotar os banqueiros e a direita."
O representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Jeferson Tramontina destacou que a campanha coincide com outro embate: a eleição para a presidência do país. "Temos dois projetos colocados, um o do arrocho, do desemprego e da entrega do capital nacional, representado pelo candidato tucano, e outro do avanço, de melhorias na vida dos trabalhadores e na construção de um país mais justo", disse, referindo-se à candidatura da presidenta Dilma Rousseff.
A terceirização que ameaça a categoria bancária foi lembrada por Ricardo Saraiva, o Big, que representou a Intersindical. "Nossa união enfrentou o PL 4330 na Câmara, e agora vamos enfrentar a questão no Judiciário", disse, referindo-se a uma ação que está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que pode permitir a terceirização nas atividades-fim das empresas.
A 16a Conferência Nacional dos Bancários se encerra no domingo 27, com a votação da pauta de reivindicações da categoria, a ser entregue à federação dos bancos (Fenaban).
Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários
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