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20/12/2013

Fórum paritário retoma debates sobre estrutura, empregados por unidade e jornada na Caixa

Representantes dos empregados no Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho voltaram a cobrar da Caixa Econômica Federal respostas para as demandas apresentadas na primeira reunião, cujos eixos são estrutura, empregados por unidade, jornada e assédio moral. Os debates em torno desses itens ocorreram durante encontro realizado nesta terça-feira (17), em Brasíl­ia (DF), como desdobramento da campanha salarial 2013.

Gilog " Nos debates sobre estrutura e abertura de novas agências, a Caixa reconheceu que os trabalhadores do setor de logística (Gilog) foram sobrecarregados nos últimos dois anos. A explicação dada foi que o banco público abriu cerca de 900 novas unidades entre o começo do ano passado e o final de 2013, mas que para 2014 a meta é abrir 200 agências. Assim, na tese do banco, a Gilog terá uma estrutura melhor para trabalhar. "Voltamos a insistir que a Caixa tem de dar melhores condições de trabalho e ampliar o quadro de pessoal desse setor. Pois o serviço não para com a inauguração. A Gilog é responsável também pela manutenção desses locais e com o quadro de bancários tão defasado é praticamente impossível dar conta de toda a demanda", explica Dionísio Siqueira, diretor da FETEC-CUT/SP.

Ainda sobre a estrutura das unidades, a instituição financeira afirmou que tem nova empresa responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. Com isso, a Caixa espera solucionar uma das maiores queixas dos empregados em relação à quebra desses equipamentos, principalmente no verão.

Empregados por setor " Na negociação, os dirigentes sindicais reivindicaram que a ampliação do quadro de empregados ocorra por setor " mais caixas, mais tesoureiros, avaliador de penhor, entre outros " para suprir as necessidades das unidades. Além disso, voltaram a exigir mais agilidade na convocação de concursados.

Nessa questão, a Caixa se posicionou afirmando que, após um ano da inauguração de uma agência é feito redimensionamento para checar se o número de empregados é o ideal. "Deixamos claro que a empresa está equivocada nessa política. As pessoas não têm de ficar sofrendo um ano pela falta de um estudo mais aprimorado. O que tem de haver é a abertura já com o número correto de pessoas para atender à população", reforça o dirigente.

Tesoureiros " A instituição financeira aceitou a reivindicação dos trabalhadores e afirmou que as questões de ergonomia e outros problemas no ambiente de trabalho ficarão apenas como atribuições dos cipeiros e não mais com os tesoureiros, como ocorre atualmente. O banco informou estudar forma de fazer essa transferência de tarefa da melhor maneira possível. "Reivindicamos que o cipeiro tem de ser treinado para lidar com os problemas estruturais das unidades e ter autonomia para cobrar soluções", explica Dionísio.

Login único " Em uma unidade foi constatado que a senha validava mais de um equipamento e que o sistema não caia automaticamente após o empregado registrar a saída. "O login único deveria funcionar apenas em um equipamento e mesmo após bater o ponto de saída, o terminal financeiro prossegue disponibilizado. Isso permite o trabalho extraordinário fraudulento", explica o dirigente sindical.

GT PSI - A comissão paritária para avaliar e sugerir melhorias no Processo de Seleção Interna (PSI), integrada por representantes dos empregados da Caixa, realizou sua primeira reunião nesta terça-feira (17), em Brasíl­ia (DF). Os debates nesse fórum são resultado do que foi acordado durante a campanha salarial deste ano.

Nessa reunião, foram levantados os principais problemas que os empregados acham que precisam ser corrigidos com a urgência necessária, a começar por segurança, transparência, abrangência e credibilidade, que são elementos vitais para um processo de seleção adequado.

Foram feitas ainda as contextualizações de todos esses processos, pois os empregados acham importantes a existência dessas ferramentas, mas a luta é para que o PSI, seja cada vez mais aprimorado. O objetivo, nesse caso, é assegurar que todos os empregados tenham oportunidades iguais de ascensão profissional.

Próxima reunião

Os debates sobre mudanças no PSI vão prosseguir no dia 8 de janeiro do próximo ano, quando ocorrerá nova reunião da comissão paritária, em Brasíl­ia. No dia 7, os representantes dos empregados fazem uma preparatória na sede da Fenae.

 

FETEC-CUT/SP com Fenae e Seeb SP

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