Banqueiros continuam intransigentes e propõe menos de 1% de aumento real

A greve da categoria bancária se mantém forte em Taubaté e região. Na base, 54 agências estão paralisadas por tempo indeterminado, e após 16 dias de greve, a Fenaban decidiu chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha Salarial 2013.

A Fenaban ofereceu apenas  7,1% (0,97% de aumento real) de reajuste nos salários e verbas (VA, VR e auxí­lio cheche/babá). E de 7,5% (1,35% de aumento real) de reajuste para o piso e 10% na parte fixa e no teto da parcela adicional da PLR, sem alteração no percentual do lucro lí­quido, o que não aumenta nada no bolso do bancário. Permanece o modelo atual da PLR (90% do salário-base mais valor fixo e adicional de 2% do lucro lí­quido distribuído linearmente). Sobre as demais cláusulas, nada mudou, vale o que foi proposto na última negociação no dia 05/09.

Os sindicatos da base da FETEC-CUT/SP deverão realizar assembleias na próxima segunda-feira 07. A posição do Comando Nacional dos Bancários é de rejeição da proposta e continuidade da greve.

 Agências Paralisadas:

As principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação);

PLR: três salários mais R$ 5.553,15;

Piso: R$ 2.860,21 (salário mín­imo do Dieese);

Auxí­lios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxí­lio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mín­imo nacional);

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proà­be as dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

Auxí­lio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação;

Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Com informações da FETEC-CUT/SP