Descaso com as reivindicações sobre emprego dificultam negociações com os bancos

As discussões em torno do emprego, como a proteção contra demissões imotivadas, mais contratações e o fim dos correspondentes bancários, não parecem ser prioridades para a Fenaban, que se mostrou fechada às negociações sobre as reivindicações do Comando Nacional dos Bancários, apresentadas na rodada de negociações da Campanha Nacional 2010, desta quarta-feira, 8. Na manhã desta quinta-feira, 9, as discussões prosseguiram em São Paulo.

Apesar das pesquisas e dados preocupantes em torno do assunto, os bancos se recusam a discutir estas questões, e alegam que o emprego é uma questão de gestão das empresas, e devem ser debatidos em cada banco, e não como pauta da Campanha Nacional, o que diverge da opinião dos bancários. "A despreocupação com a questão do emprego mostra o descaso com a própria categoria bancária e com o trabalho dos Sindicatos"�, defende a diretora do Sindicato dos Bancários de Taubaté, Alessandra Cruz.

Os bancos também não querem negociar a Convenção 158 da OIT, que proà­be dispensas imotivadas, e ainda dificultam o debate em torno do correspondente bancário.

Pelo descaso com assunto de maior importância, que está diretamente ligado à outras questões como a saúde, metas, remuneração e condições trabalhistas, os bancários se vêem em posição de defesa de seus direitos, com a responsabilidade de intensificar as mobilizações e se preparar para as greves.

Assessoria de Comunicação - 09/09/2010