Emprego é prioridade

Diante da negativa da Fenaban de negociar as reivindicações sobre emprego, a Contraf-CUT enviou carta aos seis maiores bancos nacionais (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC), cobrando negociações específicas sobre o tema.

São demandas fundamentais para a categoria, mais contratações, fim da rotatividade, da terceirização e das dispensas imotivadas, respeito à jornada de seis horas, universalização dos serviços bancários. "Os bancos têm condições de atender às nossas reivindicações, afinal o lucro é exorbitante"�, avisa Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.

Em 2011, as cinco maiores instituições financeiras do Brasil lucraram R$ 50,7 bilhões. E mesmo assim,os bancos contribuà­ram apenas com 1,21% do total de 1,9 milhão de empregos gerados pela economia nesse perí­odo. Em 2012, a geração de emprego no setor está regredindo. No 1º semestre, a geração foi 83% menor à dos anos anteriores.

"É preciso contratar para aliviar a sobrecarga de trabalho que tanto adoece os trabalhadores. Além disso, os bancos precisam acabar com a alta rotatividade, cujo intuito é reduzir a folha de pagamentos", salienta Alemão.

Como fruto dessa prática perversa, o aumento real conquistado nos últimos oito anos, de 13,93%, acabou não surtindo efeito para o conjunto da categoria, pois a média salarial dentro dos bancos cresceu apenas 3,6% nesse perí­odo, ao passo que a lucratividade dos maiores bancos saltou de R$ 23,32 bilhões para R$ 53,42 bilhões " aumento de 230,43%.

Postado pela Assessoria de Imprensa: 03/09/2012

Fonte: FETEC-CUT