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16/12/2013

Bancários denunciam em Brasília demissões e práticas antissindicais do Santander

 Representantes dos bancários reuniram-se, na quinta-feira 12, em Brasíl­ia, com o Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias Nascimento Melo, para denunciar o crescente número de demissões e práticas antissindicais adotadas, sistematicamente, pelo Santander.

Conforme as denúncias, até setembro deste ano, o banco cortou 3.414 empregos. Apenas no terceiro trimestre, os cortes atingiram a marca de 1.124 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, a redução foi de 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários, que em setembro contabilizava 50.578 bancários.

Com a nova onda de demissões no Santander, faltam caixas e coordenadores na rede de agências, provocando sobrecarga de serviços, desvio de função, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários.

Para os sindicalistas, os cortes são injustificáveis, pois prejudicam as condições de trabalho e de atendimento à população. Haja vista que, nos dez primeiros meses de 2013, o Santander figurou por oito vezes como primeiro colocado no ranking de reclamações do Banco Central.

Como se não bastasse, o Santander ainda ameaça e persegue dirigentes sindicais, com o claro propósito de coibir a atuação em defesa dos trabalhadores.

Outro problema denunciado ao Ministério do Trabalho pela representação sindical foi a utilização pelo banco de terceirizados nas homologações. A medida é irregular uma vez que a admissão e o desligamento são atividades-fim das empresas, não cabendo a terceirização. Além disso, ocorre, justamente, no momento em que o movimento sindical luta contra o Projeto de Lei 4330, o qual escancara as terceirizações, precarizando totalmente a relação de trabalho.

Manoel Messias ouviu atentamente e ficou de estudar as denúncias. "Esta foi mais uma ação do movimento sindical contra tantos abusos do Santander", afirmou Alberto Maranho, diretor de Bancos Privados da FETEC-CUT/SP. "Após ouvirmos do vice-presidente executivo sênior do banco, José de Paiva Ferreira, responsável pela área de Recursos Humanos (RH), que as demissões são um processo normal dentro da empresa, resolvemos procurar o governo para mostrar que nada disso é normal, sobretudo em uma instituição, onde o lucro lí­quido até setembro somava R$ 4,3 bilhões. Por isso estivemos com o representante do Ministério do Trabalho e Emprego, de maneira a buscarmos apoio na luta pela defesa do emprego e por melhores condições de trabalho", conclui Maranho.

 

Fonte: FETEC-CUT/SP

 

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