Após pedido da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) apresentou à representação dos empregados, em reunião realizada na quarta-feira (6), o modelo de incorporação do REB ao Novo Plano.
Durante a apresentação, os representantes dos empregados fizeram diversos questionamentos sobre as novas regras, impactos, mitigação de riscos e manutenção dos direitos dos participantes dos dois planos de benefício. A coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, considerou positiva a iniciativa da Funcef em retomar a incorporação. Ela solicitou o envio do documento para uma análise minuciosa das condições e efeitos da mudança.
“Vamos avaliar os parâmetros técnicos e todos os detalhes do processo da incorporação, que é uma reivindicação histórica das entidades sindicais e associativas desde 2006 e que já está previsto no Acordo Coletivo de 2014”, lembrou a coordenadora. “Conhecemos profundamente a importância da incorporação para os participantes do REB, que amargam desvantagens gritantes em comparação ao Novo Plano, mas precisamos destacar que não vamos retroceder em qualquer direito dos participantes dos dois planos”, afirmou.
Edgard Lima, presidente da Federação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) reforçou a avaliação da coordenadora. “Nosso olhar será sempre para os direitos dos participantes. Por isso, vamos fazer um estudo técnico do modelo, mas reforçamos que a incorporação não é um benefício, mas uma conquista histórica dos empregados”, ressaltou.
Entre os questionamentos sobre o processo de incorporação, uma das reivindicações da Comissão é a possibilidade de pagamento retroativo das contribuições com percentuais maiores, com a participação paritária da Caixa. Também é solicitada a extensão do Fundo de Revisão de Benefício (FRB) entre outros pontos.
Jair Pedro Ferreira, diretor de Benefícios da Funcef eleito em 2021, ressaltou que a documentação apresentada durante as discussões com a Caixa já contempla a possibilidade de calcular retroativamente o montante das contribuições, mas que desdobramentos devem ser discutidos em mesa específica com a patrocinadora.
Grupo de Trabalho tripartite
A Comissão de Empregados solicitou à Funcef a instalação de um Grupo de Trabalho tripartite – CEE, Caixa e Funcef – para discutir outros temas de interesse dos empregados e participantes. “É importante que a gente envolva todas as entidades, mas é preciso estar atento que é a Comissão de Empregados que negocia com a Caixa. E temos muitas questões a tratar como o contencioso, a repactuação do acordo de leniência, a alteração do Estatuto, entre outros assuntos”, argumentou Emanoel Souza, representante dos empregados pela Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb BA/SE).
Sabrina Muniz, representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi/RS), endossou a argumentação. “Esse espaço de discussão é urgente porque precisamos avançar em outras discussões que estão pendentes. Afinal, estamos aqui representando os trabalhadores e participantes de todos os planos de benefício”, ressaltou.
Fonte: Fenae