SEU BANCO - CAIXA FEDERAL06/10/2015 Bancários iniciam greve por tempo indeterminado nesta terça 06Contra a proposta rebaixada da Fenaban, a categoria bancária inicia, nesta terça-feira 06, greve por tempo indeterminado. Na última sexta-feira 02, em mais um gesto de buscar negociação, o Comando Nacional dos Bancários encaminhou ofícios à Federação dos Bancos, colocando-se à disposição para retomar os diálogos desta Campanha Nacional 2015. Mas, os representantes dos banqueiros ignoraram o comunicado. Em cinco rodadas de negociação, a Fenaban apresentou uma única proposta prevendo perda salarial de 4% nos salários. Com reajuste de 5,5%, ante a inflação de 9,88% no período, mais abono de R$ 2.500, a proposta anula os ganhos reais conquistados nos dois últimos anos. No vale-refeição, o reajuste não paga uma coxinha, já que representa R$ 1,43 ao dia. Ao mesmo tempo em que a Fenaban insiste em impor as perdas aos trabalhadores, Banco do Brasil e Caixa Federal sequer apresentaram proposta para as questões específicas do funcionalismo. Enquanto enfrentamos uma crise econômica mundial, os bancos no Brasil seguem auferindo lucros cada vez maiores. No primeiro semestre de 2015, BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander lucraram R$ 36,3 bilhões, 27,3% a mais do que o mesmo período do ano passado. De 2013 para cá aumentaram as tarifas 11 vezes mais do que a inflação e 9,83 vezes mais do que pagam para os bancários. Só com o que arrecadam com elas, daria para cobrir todas as folhas de pagamento e sobraria muito para contratar mais, necessidade premente da categoria. Como se não bastasse, ainda há o grande disparate entre o que o setor paga para os trabalhadores da linha de frente e para o alto escalão. Enquanto os primeiros ganham salário médio de R$ 6,2 mil, os executivos tiram uma média mensal de quase R$ 420 mil. "Os bancários estão nesta luta contra toda a forma de exploração por parte dos banqueiros e a greve é uma ferramenta legítima dos trabalhadores lutarem por seus direitos, toda vez que os patrões se abstêm de privilegiar o diálogo", afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP. Fonte: FETEC-CUT/SP |
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