Bancários da FETEC/CUT-SP aprovam proposta da Fenaban e do BB. Na Caixa, greve continua em São Paulo

Os bancários da base da FETEC/CUT-SP aprovaram as propostas de acordo apresentadas pela Fenaban e pelo Banco do Brasil, respectivamente, na última terça-feira 25 e madrugada da quarta 26.

A proposta da Caixa Federal foi aprovada na maioria das bases, com exceção de São Paulo, para onde está prevista uma nova assembleia na tarde desta quinta-feira 27. A rejeição também ocorreu em outras localidades do país, como Brasíl­ia, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pará, Ceará, Bahia e Sergipe, dentre outros.

Com isso, os bancários que aprovaram retomam suas atividades nesta quinta, enquanto os que rejeitaram mantêm a greve com intuito de ampliar os avanços.

Diante da decisão das assembleias, a Contraf está encaminhando nesta quinta-feira correspondência para a direção da Caixa, solicitando a retomada das negociações específicas.

A proposta aprovada da Fenaban prevê reajuste de 7,5%, com aumento real de 2%. Os pisos de ingresso serão reajustados em 8,5%, o que equivale a aumento real de 2,95%. Os vales alimentação e refeição também serão reajustados de 8,5% e o auxí­lio creche-babá em 7,5%. A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) terá reajuste de 10% tanto na parte fixa como no teto do valor adicional. Também estão previstos aprimoramentos no instrumento de combate ao assédio moral, manutenção dos salários aos bancários afastados por doença/acidentes e implantação de um projeto-piloto com mecanismos para ampliar a segurança nas agências.

No BB, será mantida a regra anterior da PLR sem vín­culo do módulo bônus ao Novo Sinergia, que individualiza as metas. Será usada a mesma referência no resultado coletivo (ATB). Também está prevista a inclusão da gratificação de caixa na carreira de mérito, retroativa a 2006; o estabelecimento como novo piso após estágio probatório (90 dias) o valor de R$ 1.948 (A2);  e a unificação dos atendentes das CABB com um novo Valor de Referência (VR) de R$ 2.554. Além disso, o banco estabelecerá em acordo coletivo a data para implantação do quadro de funções comissionadas com jornada de seis horas. Está prevista a adesão à cláusula da Fenaban sobre prevenção de conflitos nos ambientes de trabalho, a instalação de mesa temática para discutir ascensão profissional e comissionamentos e o estabelecimento de regra de preenchimento de vagas de escriturários em todas as dependências do país através do sistema de remoção automática (SACR) ou pela nomeação de concursados.

Não desconto dos dias parados

Os dias de greve não serão descontados dos bancários. A reivindicação do Comando Nacional era anistia, mas a Fenaban não aceitou e apresentou a mesma regra do ano passado de compensação até 15 de dezembro. Assim, os dias parados serão compensados em, no máximo, duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, exceto sábados, domingos e feriados. O que ultrapassar esse perí­odo não será considerado.

"As propostas apresentadas pelos bancos foram consequência de nove dias de greve nacional da categoria. Elas trazem avanços nas questões econômicas e sociais. No entanto, os empregados da Caixa de São Paulo, Osasco e Região e de algumas localidades do país optaram por permanecer na greve por acreditarem que possa haver espaço para alcançarem maiores avanços"�, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.

Resultados assembleias base FETEC/CUT-SP

Postado pela Assessoria de Imprensa: 27/09/2012

Fonte: FETEC-CUT