SEU BANCO - BANCO DO BRASIL27/06/2018 Aumento real é prioridade da campanha dos bancáriosA consulta nacional que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as federações e sindicatos realizaram com os bancários e bancárias de suas bases sindicais apontou que, para 25% da categoria, o aumento real deve ser prioridade na Campanha Nacional 2018. Em 2016, a categoria fez uma grande greve de 31 dias e arrancou dos bancos um acordo de dois anos, com reajuste de 8% para 2016, mais abono de R$ 3,5 mil, além de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá. Para 2017, o reajuste repôs a inflação (INPC/IBGE) e garantiu aumento real de 1% nos salários e todas as verbas. Antes disso, durante 13 anos (2004 a 2015), a categoria obteve aumentos reais, somando 15,8% de aumento real, revertendo a política de arrocho praticada durante os oito anos do governo FHC, quando a categoria teve perdas de 4,6% em seus salários. “Isso reforça a importância da luta para tirar dos bancos o que é dos trabalhadores por direito”, afirma a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “O setor tem resultados excelentes, fruto do trabalho bancário. Podem pagar aumento real que valorize os trabalhadores. Assim como valorizam os executivos, podem e devem fazer o mesmo com os bancários. E não concentrar renda nas mãos dos que já ganham tanto. Aumento real para os bancários é distribuição de renda, bom para a categoria e para toda a sociedade”, reforça a dirigente, lembrando que somente o reajuste salarial conquistado em 2017, de 2,75%, injetou na economia nacional mais de 1,4 bilhões de reais, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nenhum direito a menos Diante de tamanho lucro, além do aumento real, os bancários querem a manutenção de todos os direitos definidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e todos os demais que eram garantidos pela antiga lei trabalhista, o segundo ponto mais votado entre as prioridades definidas na consulta à categoria. “Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar diante de um cenário de corte de direitos e uma legislação trabalhista que prejudica os trabalhadores e beneficia apenas o empresariado”, observa a presidenta da Contraf-CUT. “Mas, toda negociação depende da correlação de forças. Se a categoria participar da campanha, certamente sairemos vitoriosos”, ressaltou. Unidade da classe trabalhadora Para enfrentar os ataques, os bancários aprovaram um calendário de lançamento da Campanha Nacional da categoria em todo país, de 13 a 29 de junho e também a participação no Dia Nacional de Luta da classe trabalhadora, em 10 de agosto. “Será o Dia do Basta à retirada de direitos, de basta ao desemprego, às privatizações, à venda do patrimônio do povo brasileiro, do basta ao desrespeito à nossa democracia”, disse. Prioridades da campanha 1. Aumento real 25% Além destes pontos, a categoria definiu as eleições 2018 como estratégicas para a manutenção dos direitos e para barrar o ataque à classe trabalhadora e o desmonte dos bancos e demais empresas públicas. “Os bancários sabem que, para evitarmos mais cortes nos nossos direitos, é preciso eleger candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores”, explicou Juvandia. Fonte: Contraf-CUT |
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