17/07/2017
Mesa temática sobre Bancos Públicos é realizada durante a 19ª conferência
Os integrantes da mesa apresentaram um breve relato sobre o que aconteceu no 33° Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) e no 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), realizado em São Paulo, entre os dias 30 de junho a 2 de julho. Também foi comentada a importância da luta contra o desmonte das empresas públicas, principalmente as do segmento bancário.
Segundo Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), no Conecef os debates foram realizados em quatro grupos, que debateram os temas Saúde Caixa, saúde e condições de trabalho, Funcef, previdência, aposentados, verticalização, reestruturação, terceirização, reforma trabalhista, mais contratações, defesa da Caixa e defesa dos bancos públicos.
“Os delegados do 33° Conecef debateram os temas e deliberaram uma série de resoluções de organização do movimento para orientar a nossa luta contra os ataques promovidos pelo governo contra os direitos dos trabalhadores, contra os bancos públicos e contra a Caixa, buscando sempre a unidade em defesa de nossos direitos. Para isso, será fundamental reestabelecer a democracia, com eleições diretas, já”, diz o dirigente.
Ao narrar as discussões ocorridas no CNFBB, João Fukunaga, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, afirmou que o Congresso ratificou a importância da luta em defesa do BB e do seu papel social como banco público; dos direitos e empregos dos bancários; a luta contra o desmonte da instituição.
“Precisamos sempre manter o debate de questões como o balanço da Cassi, que é extremamente importante para os funcionários do Banco do Brasil. Será necessário enfrentar planos da diretoria do banco que prevejam a eliminação de postos de trabalho, corte de funções e o fechamento de agências. Devemos, também, fortalecer a Frente Parlamentar de Defesa dos Bancos Públicos, lançada nos Congressos”, explicou Fukunaga.
Desmonte dos bancos públicos
Para Rita Serrano, representante eleita pelos empregados ao Conselho de Administração da Caixa, vivemos um momento de grande instabilidade política e econômica, com um governo golpista e um Congresso reacionário, comprometidos com o capital privado, colocando sob risco, com as chamadas “reformas”, direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores. Os meios de comunicação ajudam, impondo uma narrativa de retirada de direitos e privatização do patrimônio público, e os empregados da Caixa e demais empresas públicas vivem nesse cenário de ameaças. O modelo de bem-estar social que estava sendo construindo vai rapidamente perdendo espaço para o Estado Mínimo.
“Temos que estar atentos ao apetite dos bancos privados, que querem a gestão do FGTS e do FAT. O desmonte das empresas públicas está ocorrendo aos poucos, sem estardalhaço, pelo fim das políticas públicas que eram de sua responsabilidade. Por isso, devemos evidenciar à sociedade que defender as políticas públicas passa por defender as empresas públicas, e, com isso, ampliar o apoio da população à esta luta ”, explicou Rita.
Fonte: FETEC-CUT/SP
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