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17/06/2016

O golpe é contra o Brasil e a classe trabalhadora, denunciam líderes sindicais nos congressos dos bancários do BB e da

"Juntos e unidos vamos mudar esta conjuntura e vencer", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, durante a mesa de abertura conjunta dos congressos dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa e do 1º Seminário Nacional em Defesa dos Bancos Públicos, na manhã desta sexta-feira (17), no hotel Holiday Inn, em São Paulo. Até domingo (19), cerca de oitocentos delegados e delegadas, do Banco do Brasil e da Caixa, vão debater as demandas dos bancários dos bancos públicos e definir as pautas específicas, que serão entregues às instituições financeiras na campanha nacional deste ano.

Roberto von der Osten iniciou os congressos saudando os "guerreiros e guerreiras das lutas sociais e sindicais" e fez questão de prestar uma homenagem ao  diretor do Sindicato dos Bancários de Paranavaí­ (PR), Ademar Primon,  falecido nesta madrugada. O presidente da Contraf-CUT garantiu que os bancários estão se preparando para a luta, como qualquer bom exército, antes do combate, e que o momento exige resistência da classe trabalhadora.

"Desde o começo de 2016, estamos fazendo análises da conjuntura do que estamos enfrentando. No ano passado, a campanha foi difícil, mas, este ano, temos uma realidade ainda mais dura, com recessão e a mídia golpista tentando atacar os movimentos sociais. É um golpe contra cada um de nós, contra cada um que está aqui", afirmou ao ressaltar também a necessidade de unidade da classe trabalhadora ainda mais forte neste ano. "Estão tentando retirar os direitos dos trabalhadores. Estão querendo que a gente pague pato. Querem o negociado sobre o legislado, tudo pode ser retirado que de quem trabalha,  com a terceirização total, flexibilização da CLT, com a pauta bomba do Congresso. O que interessa aos bancos é derrotar nossa unidade, mas não vão conseguir. Estamos articulados fortemente e vamos dizer a cada bancário que só a luta te garante", destacou.

Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, lembrou que o país vive um momento muito difícil. "Mais do que um golpe contra o PT e contra a Dilma, é uma golpe contra os interesses do povo brasileiro. É um golpe para que o Brasil deixe de fazer uma política de distribuição de renda, uma política de inclusão", disse, ao lembrar que o governo golpista pretende acabar com a previdência e aprovar a terceirização. "Os trabalhadores vão pagar este pato. Por isso nós temos que nos organizar. Mais do que nunca, nossas conferências estaduais e a nacional são de fundamental importância."

Para ela, o debate tem de ser de resistência. "Não vai ser uma campanha só de aumento real, muito pelo contrário, o aumento real está em risco, junto com nossos direitos conquistados nos últimos anos. A campanha será para além dos interesses corporativos, tem de ser uma campanha em defesa do Brasil, em defesa da democracia."

A vice-presidenta da Contraf-CUT ainda convocou para a luta em defesa dos bancos públicos. "Eles são importantes para o país, o crédito deles foi fundamental para fazer inclusão nesse país. Os bancos públicos são responsáveis pelo crescimento do Brasil."

 

Fonte: CONTRAF-CUT

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