17/09/2015
Gestão da Dipes prejudica funcionários e BB
As despesas de reclamações trabalhistas contra o Banco do Brasil aumentaram 61,5% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014, passando de R$ 436 milhões para R$ 705 milhões. A informação consta dos balanços do banco público.
O Sindicato considera que a elevação é reflexo da gestão inadequada da Dipes (Diretoria de Pessoas), que impõe medidas unilaterais desrespeitando direitos do funcionalismo. Prática que prejudica o desempenho financeiro da empresa.
"A maioria das queixas trabalhistas refere-se ao pagamento de 7ª e 8ª horas, que aumentaram consideravelmente desde que o responsável pela Dipes, Carlos Netto, impôs, em 2013, o Plano de Funções Gratificadas (PFG) que reduziu ilegalmente o salário de milhares de pessoas em todo o país", afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga. "Apenas o montante gasto nos primeiros seis meses deste ano, R$ 705 milhões, equivale a 11,62% do lucro líquido ajustado do banco no período, que foi de R$ 6 bilhões. Recursos que poderiam ser usados em melhorias das condições de trabalho e até mesmo para sanar as contas da Cassi, que necessita de dois aportes de R$ 300 milhões."
Longe da realidade " O dirigente destaca ainda que, embora não haja números oficiais, pelas visitas nas dependências do BB constata-se que muitos funcionários estão adoecendo e se afastando devido à piora das condições de trabalho. "A cobrança por metas abusivas, o assédio moral e a saída de colegas por meio do Plano de Aposentadoria Incentivada sem a devida reposição contribuem para essa situação caótica. Mas a Dipes é omissa a todos os problemas. A situação está insustentável e estamos cobrando providências da Vice-Presidência de Pessoas (Vipes) e demais instâncias decisórias do banco em relação a essa diretoria que deveria lidar com os trabalhadores, mas a cada dia se distancia deles."
Campanha 2015 " O integrante da comissão de empresa reforça ainda que a quinta rodada de negociação que discute a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na sexta 18 discutirá carreira. "Essa é a oportunidade de o banco atender nossas reivindicações e adotar medidas para alterar o plano de funções, tornando-o mais justo, e também para valorizar os trabalhadores por meio, por exemplo, do aumento do interstício para 6% do Plano de Carreira e Remuneração (PCR). Apenas uma mudança de gestão, valorizando o funcionalismo é que irá diminuir as reclamações trabalhistas contra a empresa."
Fonte: Seeb SP
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