21/06/2013
Negociação com BB debate ascensão profissional, instrução sobre controle disciplinar e plano de funções
Durante reunião da mesa de negociação sobre ascensão profissional, realizada nesta quarta-feira (19), a direção do Banco do Brasil anunciou que as funções das unidades estratégicas, de apoio e táticas terão processos seletivos respeitando os primeiros colocados no TAO (banco de recrutamento da empresa). Até o momento, não há critérios para nomeações nessas dependências. Questionados pela representação dos trabalhadores, o banco se comprometeu a abrir as seleções até dezembro deste ano.
Logo após o anúncio, os representantes do funcionalismo reivindicaram que todos os processos seletivos sejam implantados até julho de 2013, tendo como parâmetros critérios claros e objetivos. O banco ficou de analisar a reivindicação.
Em resposta aos questionamentos feitos nas últimas mesas de negociação sobre assédio de gestores em seleções nas agências, o BB afirmou que lançou vídeo na intranet para informar que o gestor que pedir para funcionários retirarem seus nomes de concorrências pode responder por desvio de conduta ética.
Nomeação dos juniores de unidade estratégica
Na negociação, a representação sindical também reivindicou que todos os assessores juniores ainda remanescentes nas unidades estratégicas sejam nomeados na função de assessores (plenos), uma vez que a função (júnior) foi extinta por reestruturação e há vagas de pleno para todos. Casos de perseguições pessoais e discriminação nas seleções serão investigados pelo movimento sindical.
Substituições e aumento de dotações nas PSOs
Sobre o assunto, o movimento sindical reivindicou que o BB acabe com os desvios de função, acione as substituições nas Plataformas de Suportes Operacionais (PSOs), aumente as dotações e faça a nomeação dos caixas substitutos. Será marcada negociação específica sobre o tema, com a presença dos representantes da diretoria responsável pelos PSOs.
Normativo sobre controle disciplinar (IN 383)
Após solicitação dos sindicatos, o BB atendeu ao pedido das entidades e alterou parte da norma que proibia funcionários de criticarem a empresa. Ainda sobre a IN 383, os dirigentes sindicais reivindicaram:
- que ninguém seja punido por presunção;
- que exista o direito à ampla defesa;
- que as "ordens legítimas" dos gestores sejam emitidas formalmente;
- que os funcionários tenham direito à liberdade de expressão, podendo sim criticar o BB;
- que, nos itens sobre responsabilização pecuniária, seja garantida ampla defesa.
Os sindicatos ainda reforçaram reivindicação histórica de que a ouvidoria interna seja autônoma e vinculada ao Conselho de Administração do banco.
O BB trará resposta para as reinvindicações na próxima mesa de negociação, ainda sem data para ocorrer.
Ilegalidades no plano de funções
Atento às ilegalidades no plano de funções, os representantes sindicais reforçaram sua posição contrária à redução das verbas de comissão nas funções gratificadas e de confiança. A reivindicação é para que as verbas dessas funções sejam pagas nos mesmos valores que existiam antes de fevereiro de 2013.
Centrais clandestinas de teleatendimento
Os sindicatos também denunciaram o avanço das centrais clandestinas de teleatendimento em várias cidades do país, desrespeitando o cumprimento das jornadas dos teleatendentes e a instalação dos equipamentos exigidos pela norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em resposta, o BB afirmou que irá investigar, alegando desconhecimento sobre a prática das centrais.
Plano de aposentadoria
O BB ainda anunciou que vai lançar, na segunda-feira (24), o Plano de Desligamento de Aposentáveis (PDA), destinado aos caixas e escriturários nessa condição até 31 de maio que estejam aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e também aos que têm condições de se aposentar pelo INSS. De acordo com os representantes da empresa, o incentivo será de três salários brutos.
A FETEC/CUT-SP, no entanto, alerta para a possibilidade de a Justiça do Trabalho reconhecer o direito aos funcionários oriundos de instituições incorporadas pelo BB de adesão à CASSI (Caixa de Assistência) e à Previ (Instituto de Previdência).
O julgamento de ação impetrada pelo Ministério do Trabalho em Brasília contra a prática discriminatória do BB está agendado para o próximo dia 05 de julho. "Deste modo, os funcionários, sobretudo os incorporados, devem ficar atentos, uma vez que o julgamento pode garantir a eles direitos que até então não estavam previstos. Em outras palavras, se o funcionário adere ao PDA e o julgamento for favorável à ação judicial, esses trabalhadores deixarão de usufruir dos benefícios da CASSI e da Previ", avisa Irinaldo Venâncio Barros.
Postado pela Assessora de Imprensa: 21/06/2013
Fonte: FETEC/CUT-SP com Seeb/DF
• Veja outras informações